Direito ao amor e direito de amar é o tema do décimo Colóquio Nacional de Direitos Humanos

O X Colóquio Nacional de Direitos Humanos foi oficialmente lançado na noite desta segunda-feira, 26 de agosto. Mediado pelo professor Paulo Cesar Carbonari, da Comissão de Direitos Humanos de Passo Fundo, o evento contou com a presença do filósofo Eduardo Oliveira. A Universidade de Passo Fundo é co-promotora do evento.

Segundo o professor Paulo Cesar, o foco do colóquio não é estipular uma nova diretriz para os direitos humanos, e sim propor uma visão amplificada sobre os assuntos filosóficos abordados na sociedade. “Nossa discussão não é encontrada em nenhum tratado ou documento, mas o direito ao amor deveria ser a base de todos os direitos”, nos conta. “Toda experiência humana é envolta da amorosidade, seja a ética, política ou pedagógica”, finaliza.

A reitora da Universidade de Passo Fundo, Bernadete Dalmolin, saudou a Comissão pelo seu aniversário de 40 anos em 2024. “Participar desta rede de pessoas e de instituições é extremamente importante para avançarmos ainda mais nos direitos humanos. Apesar de tudo aquilo que ainda devemos como humanidade, o que conquistamos até aqui é de grande reconhecimento para a cidade graças à Comissão de Direitos Humanos”, finalizou Bernadete.

O convidado para a abertura do colóquio foi Eduardo Oliveira, que é palestrante, filósofo, antropólogo, educador e poeta. Conforme Eduardo, o amor é uma estratégia fundamental da política humana, mas sempre tratado de uma forma oculta e subjetiva na narrativa, embora tudo que o ser humano realize seja baseado em suas convicções amorosas.

“As narrativas do amor servem para a gente erradicar o que há de ruim, como o sexismo, o classicismo, a lgbtfobia e o patriarcado, por exemplo. O amor é uma teoria essencialmente criacionista, uma ponte entre o infinito e o corpo”, pronunciou o filósofo Eduardo Oliveira.

O X Colóquio Nacional de Direitos Humanos ocorrerá entre os dias 5 e 7 de novembro, no auditório da Escola de Ciências Jurídicas (ECJ) da UPF.