Estudantes de Jornalismo visitam o Instituto Histórico de Passo Fundo em comemoração ao Dia Nacional da Imprensa

Há exatos dois séculos, o primeiro jornal impresso circulava pelo Brasil, marcando o início da revolução do acesso à informação no país. Por esse motivo, no dia 1° de junho é comemorado o Dia Nacional da Imprensa, data símbolo da responsabilidade de informar, tendo o papel de grande relevância de levar os fatos ocorridos na sociedade para a população.

Desta forma, buscando conhecer a história da profissão e trajetória, sempre permeada pela censura e pela política, a turma do nível I do curso de Jornalismo da Universidade de Passo Fundo (UPF), da disciplina História do Jornalismo, visitou o Instituto Histórico de Passo Fundo (IHPF), na noite de terça-feira, 31 de maio.

Na visita, o tema sobre o desrespeito a profissionais da área foi um dos pontos debatidos. Em 2021, houve um aumento de 105% de agressões a jornalistas em relação às ocorrências registradas em 2020. De acordo com dados do Relatório sobre Violência contra jornalistas e liberdade de imprensa no Brasil, feito pela Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), foram registrados 430 casos de violência apenas no ano passado.

A partir de exemplares de periódicos existentes na hemeroteca do Instituto, o vice-presidente e historiador, Djiovan Vinícius Carvalho, mostrou as relações entre política e imprensa no período imperial e republicano no Brasil e em Passo Fundo. “Receber acadêmicos no IHPF é sempre uma oportunidade de sensibilizar futuros profissionais, sejam eles jornalistas ou historiadores, e apresentar as possibilidades de investigação que o acervo permite dentre as tantas possibilidades, e a hemeroteca do IHPF, que reúne jornais nacionais e estrangeiros”, explica Carvalho.

A partir dos impressos, a professora da disciplina, Me. Fabiana Beltrami, pode mostrar para os estudantes a constituição da materialidade do processo jornalístico, explicando sobre formatos, textos e imagens, desde os primórdios da história da imprensa no país até meados dos anos 1930.

Para a acadêmica, Estefane Silva Worst, a visita foi importante para aprofundar o conhecimento visto em sala de aula e entender como o jornalismo surge no país. “Somente conhecendo o passado podemos ser agentes responsáveis no futuro“, finaliza.