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Ciência do solo e sistemas de produção são debatidos na UPF

25/09/2024

16:02

Por: Assessoria de Imprensa

Fotos: Luís Henrique de Melo

Universidade foi palco da XV Reunião Sul-Brasileira de Ciência do Solo

Na última semana, a Universidade de Passo Fundo (UPF) sediou a XV Reunião Sul Brasileira de Ciência do Solo, a qual reuniu mais de 500 participantes em três dias de atividades. Organizado pelo Núcleo Regional Sul da Sociedade Brasileira de Ciência do Solo (NRS-SBCS), em parceria com a UPF e a Embrapa Trigo, o evento focou na “Sustentabilidade do Sistema Solo-Planta", evidenciando pesquisas e iniciativas que contribuem para melhorar a sustentabilidade da agricultura.

Com temas como bioinsumos, plantas de cobertura e modelos de produção, a programação contou com uma grade de palestrantes renomados, além da apresentação de pesquisas e relatórios sobre o mesmo tema. Além da programação técnica, a Reunião Sul Brasileira de Ciência do Solo também trouxe duas tardes de campo, na segunda (16) e terça (17), com empresas parceiras que expuseram na prática o trabalho feito em laboratório.

Para o professor Dr. Mateus Possebon Bortoluzzi, que também palestrou no evento, a Reunião de Ciência do Solo reveste de importância a atual situação climática que estamos vivenciando. “O Estado passou por significativas quebras de safras e perdas bilionárias na economia, tanto pela deficiência hídrica quanto pelo excesso de chuva e processos erosivos, especialmente pelas enchentes que ocorreram nos últimos meses. São situações cíclicas, mas que podem estar sendo potencializadas pelo aquecimento global, em que mais eventos extremos tendem a acontecer, ”, explica o professor.

Perda para o campo ainda não foi dimensionada

O professor Mateus Bortoluzzi salienta que, após o episódio de excesso hídrico evidenciado em maio no RS, ainda não se tem um levantamento exato das perdas para o campo. Estragos como erosão do solo, perda de camada de proteção e estragos em rios contribuem com o cenário de incertezas para a agricultura.

"É essencial promover uma reunião como essa para discutirmos o sistema de produção de forma abrangente, visando o aumento da produtividade agrícola, a sustentabilidade do sistema agropecuário e a conservação dos solos. Abordamos aspectos relacionados a qualidade química, física e biológica do solo, ao aumento da disponibilidade de água para as plantas, hidrologia de superfície e estratégias para aumentar a fixação do carbono no solo. Tudo isso tende a tornar o sistema mais resiliente frente ao cenário de mudanças climáticas. À medida que preservamos o solo e a água, todos os elos da cadeia colhem benefícios”, finaliza Mateus.

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