Empreendedorismo feminino: curso de corte e costura possibilita aprendizado e renda para mulheres
29/06/2023
10:31
Por: Assessoria de Imprensa
Fotos: Caroline Lima
Iniciativa desenvolvida pela UPF, Unisol e Be8 S/A, terá o segundo módulo concluído nessa quinta-feira (29)
Dona de casa e mãe de cinco filhos, Indianara Arus sempre desejou trabalhar como costureira. Agora, ela é uma das 17 participantes do curso de Costura Criativa - Corte e Costura, promovido por meio de uma parceria entre a Central de Cooperativas e Empreendimentos Solidários do Estado do Rio Grande do Sul (Unisol RS), a Universidade de Passo Fundo (UPF) e a Be8 S/A. A iniciativa busca fomentar o empreendedorismo feminino com ações de reaproveitamento de materiais para grupos de economia solidária do município.
“Sempre sonhei em ser costureira, de ter uma renda em casa para poder trabalhar e ao mesmo tempo cuidar dos meus filhos e do lar. O curso foi uma oportunidade muito boa, estou aprendendo bastante e esse aprendizado ninguém tira da gente”, afirma Indianara, que teve o suporte de estagiárias da Universidade, que ajudaram a cuidar do bebê dela durante as aulas. “Aproveitei a chance de poder trazer meu filho mais novo, foi um diferencial para quem tem criança, pois permitiu que eu conseguisse participar de todas as aulas”, conta ela, que é moradora da Vila Annes.
O curso busca desenvolver trabalho e renda e capacitar as mulheres na produção de peças de vestuário, proporcionando uma experiência de transformação e customização em peças usadas com o objetivo de valorizar o produto para venda. “Estamos tendo um resultado muito positivo, elas estão bem motivadas, algumas já estão bem engajadas, ensinando outras mulheres na comunidade”, comenta a coordenadora do curso de Design de Moda da UPF, professora Me. Dulci Antunes. “É importante elas aprenderem a não considerar o material que chega até elas como lixo que pode ser descartado, mas, sim, como matéria-prima que pode ser reutilizada e transformada em um novo produto, ser vendido e revertido para as famílias delas, fortalecendo o trabalho delas na comunidade”, ressalta.
O segundo módulo iniciou no dia 21 de junho e encerra nesta quinta-feira (29). As aulas são realizadas nos laboratórios do curso de Design de Moda da UPF. Até o fim do ano, estão previstos mais dois módulos do curso.
Incentivo ao empreendedorismo e à sustentabilidade
Coordenadora do projeto, a professora Dra. Clóvia Mistura, afirma que a proposta envolve os acadêmicos de diversos cursos da Universidade. “Esse projeto tem três eixos, o dos resíduos, o de biodiversidade e hortas urbanas sustentáveis e o do empreendedorismo feminino. A ideia é que dentro dele a gente consiga colocar projetos de extensão que já existem na UPF e avançar com outros projetos”, comenta a professora, ao destacar o caráter comunitário da Instituição. “A UPF tem em seu DNA o viés comunitário. Nos 55 anos de história sempre atendemos as demandas que vem da comunidade em todas as áreas do conhecimento, buscando oportunizar uma melhor qualidade de vida para as pessoas da região”, pontua.
Parceira da iniciativa, a Be8 S/A destaca que a iniciativa fortalece as ações da empresa, que visam estimular e desenvolver a economia local. “Essa atividade faz parte da nossa estratégia de compras diversas e inclusivas, que vem de grupos minoritários, dentre eles, o grupo de mulheres, que é uma causa da empresa. Entregamos a matéria-prima para ter a confecção de brindes promocionais, com isso a gente fomenta a economia local”, explica a gerente de sustentabilidade da Be8, Ana Cristina Curia, ao salientar que a empresa tem a prática de desenvolver brindes que trabalham a questão da marca. “Temos dentro dessa estratégia a circularidade, que visa, primeiro, não gerar resíduo, mas em caso de gerar, aumentar o ciclo de vida do produto e fomentar a autonomia e desenvolvimento dos grupos de economia solidária”, ressalta Ana.
Representante da Unisol, Ademar Marques comenta que iniciativas como essa são realizadas em todo o Estado, buscando qualificar as mulheres que precisam garantir renda em casa. “Para isso, elas precisam ter uma formação, ter acesso a um maquinário mais qualificado e profissional. Conhecendo o trabalho da UPF, escolhemos ela como parceira para realizar esse trabalho, para que elas aprendam uma costura com reaproveitamento, proteção ambiental, dentro da chamada economia circular, e ainda trabalhem de forma coletiva, com troca de informações e experiências”, comenta.
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