Por: Assessoria de Imprensa
Fotos: Luís Henrique de Melo e Camila Guedes
Ação promoveu o intercâmbio cultural entre indígenas, estudantes e professores
Na última quinta e sexta-feira, 21 e 22 de novembro, indígenas do Alto Xingu estiveram na Universidade de Passo Fundo (UPF) em uma visita intercultural com atividades pedagógicas junto à comunidade acadêmica. A ação ocorreu em espaços do Instituto de Humanidades, Ciências, Educação e Criatividade (IHCEC/UPF) e o projeto é uma parceria da Instituição com o produtor cultural Duclerc João da Silva por meio da Lei Paulo Gustavo.
Vindos do Alto Xingu, região sul do Parque Indígena do Xingu, em Mato Grosso, os indígenas da Aldeia Ngahünga Matipu trouxeram à Universidade atividades que promoveram a valorização das culturas indígenas e reflexões sobre a preservação do meio ambiente e das produções dos povos originários, como a construção de objetos, artefatos e da culinária local.
Entre as ações, os indígenas promoveram uma série de intervenções para estudantes do ensino fundamental por meio do Integrado e do Programa Tempo Integral, além da graduação e da pós-graduação, incluindo uma parceria cultural com membros da Aldeia Goj-Júr, situada na região urbana de Passo Fundo, e estudantes Kaigang do curso de Pedagogia Intercultural Indígena da UPF.
O Cacique Arifira Matipu liderou as apresentações de flauta, dança e da mostra de pinturas corporais tradicionais feitas pelo grupo. Exposição de artesanato, objetos, livros e palestras também fizeram parte da ação com o Alto Xingu. Nas atividades pedagógicas, o indígena e produtor cultural Duclerc João da Silva, idealizador do projeto, levantou entre os participantes o debate sobre o legado cultural das aldeias brasileiras, além de traduzir a linguagem dos Matipu para o português.
De acordo com Duclerc, o projeto busca viabilizar o intercâmbio cultural entre os indígenas do centro-oeste com o interior gaúcho. “Estamos tentando levar um pouco dessa história do Xingu para estudantes, professores e para a comunidade geral do Rio Grande do Sul. Trazer a cultura, a linguagem e a arte do Xingu, que hoje é quase uma comunidade internacional”, menciona.
Durante a vinda à Universidade, professores do IHCEC conduziram os indígenas em uma visita guiada pelo Laboratório de Cultura Material e Arqueologia (LACUMA), que guarda vestígios de povos indígenas que viviam em solo gaúcho antes da colonização, e também pelo Museu de Artes Visuais Ruth Schneider (MAVRS), único espaço dedicado à conservação de arte no norte gaúcho.
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