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“O futuro se constrói com cultura, criatividade e inovação”

24/04/2025

10:52

Por: Assessoria de Imprensa

Fotos: Camila Guedes e Luis Henrique de Melo

UPF apresenta novo hub da criatividade com o objetivo de modernizar, desenvolver e fortalecer os setores criativos de Passo Fundo e região

A Universidade de Passo Fundo (UPF) apresentou, na manhã dessa quarta-feira, 23 de abril, o Passo Criativo, uma iniciativa que pretende modernizar, desenvolver e fortalecer os setores criativos de Passo Fundo e região. O novo hub foi apresentado à comunidade como parte da programação do Dia Mundial da Criatividade, festival mundial que busca fomentar a criatividade e, neste ano, ocorre pela primeira vez em Passo Fundo. 

O Passo Criativo é um centro regional que vai promover pesquisas, formações e mapeamentos, tendo como foco a indústria criativa, um setor que tem o capital intelectual como a principal matéria-prima para a produção de bens e serviços. A iniciativa envolverá várias frentes como fazedores de cultura, músicos, museus, teatros, agências, produtoras e uma infinidade de outras áreas ligadas ao setor, possibilitando o desenvolvimento desses agentes e ocasionando mudanças sociais. Para isso, conta com o apoio de diferentes parceiros, entre eles o Instituto de Humanidades, Ciências, Educação e Criatividade (IHCEC), unidade que reúne os cursos da área e onde a proposta surgiu, e o UPF Parque. 

Um dos responsáveis pelo Passo Criativo, o professor Olmiro Lara Schaeffer destacou a potência da indústria criativa em diferentes aspectos, inclusive no desenvolvimento econômico da cidade e da região. “Nós temos um potencial muito grande economicamente e os países desenvolvidos já tiveram essa tomada de consciência. O resultado são planos para desenvolver esses setores e colher os frutos, como mais emprego, mais renda, redução das desigualdades”, pontuou acrescentando que a proposta do Passo Criativo é justamente essa.  “Nossa visão é a de transformar Passo Fundo em um grande centro de desenvolvimento e formação de pessoas e ações nesse setor, atrair talentos, fazer surgir novos empreendimentos”, completou.

Os primeiros passos da iniciativa, inclusive, já foram dados. De acordo com o professor, o grupo já deu início a um dos projetos que busca mapear e reconhecer quem são as pessoas que trabalham na indústria criativa. “Diferente de outros atores, como a educação e a saúde, temos uma dificuldade de identificar e até uma dificuldade de formalização da economia criativa. Dentro desse mapeamento, queremos olhar para esses profissionais, para o mercado, para os equipamentos, mas também entender o que a comunidade espera da cultura, da arte, da criatividade. Esse mapeamento vai nos ajudar a entender o que é tudo isso para ter indicadores estratégicos que vão nos ajudar na construção de um plano de desenvolvimento”, disse. 

A Universidade como conexão
Presente de forma remota, a fundadora do primeiro Programa de Economia Criativa da ONU Edna dos Santos-Duisenberg reforçou o papel da Universidade nesse processo. “A Universidade, com seu impacto, sua tradição na arte e na música aliada a força de seus cursos de comunicação, tem um papel fundamental nesse processo de saber fazer a conexão entre a pesquisa e a prática, entre o território e o mundo. Queremos que a educação e a cultura sejam vistas como um investimento estratégico e o Passo Criativo é um passo em direção a esse novo paradigma, porque estamos reconhecendo que o futuro se constrói com cultura, criatividade e inovação. E que mais do que nunca, nós precisamos de soluções criativas para enfrentar os desafios que nós vivemos”, comentou. 

A importância da Universidade na construção de política públicas e ações inovadoras na área da economia criativa também foi destacado pela reitora da UPF professora Bernadete Maria Dalmolin. “A Universidade tinha que dar esse passo como instituição formadora, como instituição que há mais de 70 anos foi berço do desenvolvimento das artes, da cultura e de todo esse grande campo da criatividade. E é com alegria que nos unimos à cidade e à região para trazer evidência a esse campo, para trabalharmos juntos na perspectiva da inovação, de olhar para uma dimensão que é extremamente relevante. Estamos todos imbuídos do mesmo espírito, de termos uma cidade melhor, uma cidade mais inclusiva, uma cidade mais democrática, e a Universidade tem esse papel com uma Instituição educadora, uma educação comunitária de dar essa visibilidade, de comentar. Cada um de nós aqui tem um papel essencial de fazer com que esse campo cresça, realce e mostre toda a sua potencialidade”, finalizou.