Projeto Letramento e Cidadania promove ações com a Associação de Pais e Amigos dos Surdos de Passo Fundo
29/11/2023
14:10
Por: Assessoria de Imprensa
Fotos: Raquel Tartas
São desenvolvidas oficinas de Libras, Matemática e Língua Portuguesa com o objetivo de desenvolver a autonomia intelectual da comunidade surda
Alinhado com a Agenda 2030/ONU e aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável/ODS, o Projeto Letramento e Cidadania, do P4 Territórios da Educação e da Formação Humana, faz parte dos programas institucionais de extensão da Universidade de Passo Fundo.
O projeto é uma parceria entre a UPF e a Associação de Pais e Amigos dos Surdos de Passo Fundo, que contempla a política pública de inclusão e acessibilidade. A iniciativa trabalha com atividades didático-pedagógicas que auxiliam aos frequentadores da APAS Passo Fundo a desenvolver sua autonomia intelectual com oficinas de português, matemática e libras. Desta forma, conforme os organizadores, é possível auxiliar os frequentadores a compreender e a participar do mundo em que vivem, de forma crítica e atuante, preparando-os para a atuação no mercado de trabalho e para a vida cotidiana.
O projeto é composto por estudantes e professores do curso de Matemática e Letras da UPF. As oficinas de Libras, Matemática e Língua Portuguesa fomentam, por meio de atividades lúdicas e didáticas, o desenvolvimento da autonomia, da integração e da participação efetiva dos surdos na sociedade, e proporcionam aos estudantes da UPF o desenvolvimento, na prática, do que aprendem em sala de aula.
Conforme explica a professora Me. Mariane Kneipp Giareta, a extensão é uma forma de colocar em prática aspectos importantes para a experiência formativa, seja por parte de alunos ou de professores vinculados ao ensino superior. “Desta forma o projeto Letramento e Cidadania consegue, interagindo com comunidade surda, desenvolver momentos de aprendizagem significativa, que contribuam para sua qualidade de vida, e o acadêmico desenvolve seu papel social fazendo que a comunidade seja inclusiva”, observa.
Podem participar do projeto acadêmicos de forma voluntária ou por meio das bolsas PAIDEX. O acadêmico do 8º nível do curso de Letras da UPF, Elber Lopes, conta que no início entrou no projeto apenas com a vontade de concluir suas horas complementares, porém com o passar das aulas foi sentindo a importância da sua presença na APAS. “Além de exercer a cidadania, que no caso é fazer com que os alunos surdos se sintam mais acolhidos por nós que somos ouvintes, isso é importante porque a nível de cidadania, você vai pensando como é a nossa educação, ela parece que é mais preparada para os ouvintes do que para as pessoas surdas”, relata o estudante, concluindo que esses momentos são muito importantes para a promoção da autonomia da comunidade surda.
Ivone Teresinha de Assis é frequentadora da APAS. Ela morava no interior de Marau, e antes de vir para Passo Fundo, não tinha acesso a educação para surdos. Ivone conta que participar da APAS e do projeto ajuda a desenvolver sua autonomia, e que participar das oficinas promovidas pela universidade são um momento muito feliz para ela.
Para a coordenadora do projeto, a professora Mariane, o projeto é um espaço diferenciado de aprendizagem e de exercício da cidadania para todos os envolvidos, pois é um ambiente para que se possa estabelecer uma relação dialógica com os participantes. “Neste ambiente reconstruímos conceitos das diferentes áreas e aprendemos com eles, também, um pouco da cultura surda. Esses aprendizados auxiliam a comunidade de jovens e adultos surdos a se apropriarem da linguagem escrita e da matemática para melhor se relacionarem com o mundo externo e fazer suas próprias leituras”, complementa.
Se você ficou interessado em conhecer mais sobre o projeto pode ter mais informações por meio do Instagram, as oficinas acontecem nas terças-feiras à tarde, das 14h às 16h, nas dependências da Apas Passo Fundo.
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