Projeto promove educação midiática em escolas da região

Capacitar estudantes de ensino médio a lidar com as fake news existentes na internet é a missão do “projeto desinformação e leitura crítica da mídia: narrativas audiovisuais para reflexão e prática”. O projeto faz parte do P2 Territórios da Cultura, Arte e Comunicação, com ações desenvolvidas para a área da cultura, artes e comunicação.

O projeto existe há seis anos e é desenvolvido em forma de oficinas com estudantes do ensino médio de toda a região. Nas oficinas são discutidos aspectos amplos da desinformação, desde a questão de estar em uma rede social, produzir conteúdo em uma rede social e ler o conteúdo que está circulando. Todo o trabalho tem o objetivo de instigar os estudantes a pensar criticamente, de pensar sua autoria, se existem interesses com aquelas postagens.

A coordenadora do projeto, a professora Dra. Maria Joana Chaise explica que, muitas vezes os conteúdos falsos são feitos para mexer com as nossas emoções. “São pensados para nos deixar com medo com raiva, e principalmente a raiva faz com que o conteúdo seja disseminado mais rapidamente justamente por mexer com nossas emoções, por isso a importância das oficinas, para fazer com que os estudantes desde jovens quando leem algo sempre darem um passo atrás e pensar se aquilo realmente é verdade”, relata.

A professora ainda destaca que o foco com os alunos de ensino médio é justamente por hoje eles serem os mais ativos e participantes nas redes sociais, então a ideia é criar uma visão crítica neles, do que é e do que não é informação. Além disso, segundo a coordenadora, as discussões permeiam assuntos como o que são algoritmos, por que vemos um conteúdo e não outro, o que a inteligência artificial é capaz de produzir.

A bolsista do projeto, Fernanda Machado, conta que participar do projeto tem sido muito enriquecedor e importante. “O projeto de extensão me ajudou a entender assuntos que abordamos em sala de aula, mas de uma forma mais aprofundada”, comenta. Ela ainda destaca que as ações nas escolas são muito importantes e que os jovens são muito participativos, e isso facilita o trabalho de conscientização.

Maria Joana ainda destaca que é importante criar nos jovens um senso de responsabilidade sobre o que é publicado nas redes sociais, pois muitas publicações, dependendo de seu perfil, podem ser consideradas crime. “A minha motivação com esse projeto, é difundir o jornalismo sério, difundir o jornalismo responsável, que ele ainda existe, ele tá aí”, disse. Além disso, ela destaca que promover uma educação midiática é extremamente necessário, pois hoje cada vez mais estamos inseridos dentro do contexto digital.

Conforme a coordenadora, o projeto, além de reforçar a responsabilidade individual de cada um dentro das redes, traz aos estudantes meios de verificar a credibilidade dos conteúdos por meio das agências de checagem. “Por meio delas podemos saber de onde a informação foi retirada, então tornar visível o conteúdo promovido por essas agências é uma forma de valorizar e incentivar o jornalismo sério”, observa.

Se você ficou interessado e quer conhecer mais sobre o projeto basta acessar o Instagram do projeto, lá você pode saber mais sobre os conteúdos produzidos e também pedir a visita do projeto em sua turma ou escola.

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