Por: Assessoria de Imprensa
Fotos: Arquivo pessoal Kamila Wentz Marroni
UPF promove extensão e serviços alinhados à Agenda 2030/ONU e aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável/ODS
A Universidade de Passo Fundo (UPF) tem em suas raízes a comunidade. Tendo em vista esse lado tão importante do seu ser, a UPF promove extensão e serviços para a sua comunidade por meio de programas institucionais de extensão vinculados às oito áreas temáticas da extensão universitária e alinhados à Agenda 2030/ONU e aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável/ODS.
Um dos projetos que compõem o P3 Territórios da Cidadania, Direitos Humanos e Cultura de Paz, área que se volta principalmente a auxiliar a comunidade com assuntos ligados à justiça e direitos humanos, é o Projeto de extensão VivA!Emau - Escritório Modelo de Arquitetura e Urbanismo. O Projeto surgiu em meados de 2012, e seu nome “VivA!”, deriva de Vivências Arquitetônicas, que é o objetivo do grupo: poder viver arquitetura ainda durante a sua formação universitária e vivê-la dentro de princípios de participação.
Com mais de uma década de existência, o projeto já fez ações para o Centro de Ciências e Tecnologias Ambientais (CCTAM), para a Feira Ecológica, para praças, já organizou debates e entrevistas, publicou livros e artigos. Sua metodologia de trabalho é baseada no princípio da partilha dos projetos, processos e concepções através de abordagens como cocriação, codesenho, codecisão, corresponsabilização, diálogo social, participação, placemaking.
Desde 2016, o VivA!Emau desenvolve percursos urbanos guiados, no formato walking tour, chamados Relendo Passo Fundo. O Relendo oferece aos participantes a oportunidade de olhar com calma e atenção à paisagem urbana, permitindo estabelecer relações, olhar para os espaços e objetos arquitetônicos que falam sobre a história da cidade. A ação de educação patrimonial, já na 11ª edição, e busca sensibilizar e conscientizar sobre a importância do patrimônio histórico cultural, bem como de sua preservação para a construção da identidade individual e comunitária.
Outra ação do VivA! é o “Relendo o Bairro”, esse percurso busca por meio da aplicação de questionários e o envolvimento desenvolver um mapa colaborativo-afetivo com os participantes, conforme explica a coordenadora do VivA! a professora Dra. Carla Portal Vasconcellos. “Os mapas afetivos são uma forma de avaliar identidades, considerando os lugares como pontos de referência que estruturam nossa memória e que se inserem na memória da coletividade a que pertencemos”, destaca.
O projeto busca dar visibilidade e importância a discussões urbanas como o direito à cidade e à moradia, a efetiva ocupação e aproveitamento dos espaços públicos e ruas, desta forma através de suas leituras da comunidade o projeto consegue pensar em soluções para a qualidade de vida e a valorização do patrimônio histórico. “Tudo é desenvolvido sempre tem emoção, envolvimento e paixão pela extensão, pela arquitetura, pelo urbanismo, e pelo potencial que cada um destes têm de influenciar positivamente a vida das pessoas e comunidades, além de buscar formar cada vez melhores, mais conscientes e proativos profissionais em Arquitetura e Urbanismo”, relata a coordenadora.
O projeto é composto por acadêmicos voluntários, bolsistas e por professores do curso de arquitetura e urbanismo da UPF. “Por meio de intervenções arquitetônicas, o projeto busca melhorar as condições de moradia, promover a inclusão social e revitalizar espaços públicos. Isso resulta em um ambiente mais seguro, funcional e esteticamente agradável para os moradores.”, observa o acadêmico Alex Carpes da Silva, bolsista do Paidex Curso de Arquitetura. O estudante ainda conta que com o projeto eles conseguem promover momentos de aprendizado e capacitação para os moradores das comunidades, tudo isso ajuda a fortalecer o senso de pertencimento.
A Kamila Wentz Marroni faz arquitetura e é voluntária no Viva! e fala que por vezes durante o curso, para o melhor desempenho nas matérias, os alunos ficam muito focados em entender como as construções funcionam e o que necessitam para ser excelentes e funcionais. Buscam compreender a realidade da comunidade que acaba ficando um pouco desassistida. “A Arquitetura é uma ciência social, então devemos nos aproximar das pessoas, das ocupações irregulares e das ruas, entender como a cidade se desenvolve e como a Arquitetura e o Urbanismo deve planejar e desenvolver a mesma. O projeto de extensão nos proporciona isso como nas pesquisas realizadas no Bairro Zachia e no Valinhos, nos eventos do Relendo Passo Fundo onde buscamos mostrar para as pessoas a história da cidade e seu desenvolvimento”, pontua.
Carla Portal Vasconcellos conta que o projeto a moldou imensamente. “Pessoalmente acho difícil imaginar minha atuação como professora separada desta experiência, desta vivência que o VivA proporciona. Sempre aprendo, sempre cresço e, mesmo cansada, sempre entusiasmada com as possibilidades da extensão, da relação que nos permite com alunos e com as comunidades com outros projetos, outros cursos e saberes, com as discussões e as reflexões que advém das experiências vividas”, conta.
Se você ficou interessado no projeto e deseja participar, as reuniões ordinárias presenciais acontecem às sextas-feiras à tarde no LabUrb, térreo do prédio V2. Estudantes de outros cursos sempre serão bem vindos. Acompanhe também as ações por meio do Instagram do VivA!.
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