Bosques Gaúchos do Rio Grande do Sul
Estepe (Campanha):
Fisionomicamente há predomínio da vegetação herbácea formando os campos da campanha, caracterizados por gramíneas de diferentes hábitos e espécies. Nos terrenos mais úmidos e de solo mais profundo aparecem algumas espécies de árvores, no geral espinhosas e com perda das folhas nas épocas mais secas e frias do ano.
Formada basicamente por vegetação lenhosa com perda foliar na estação seca, em geral espinhosa de plantas suculentas e um tapete de vegetação herbácea graminosa.
Possui em sua formação solos rasos derivados de derrames Basálticos e de diversas formações sedimentares.
Localizado no extremo meridional do Rio Grande do Sul, ao sul dos eixos Bagé-Rosario do Sul, Alegrete-São Borja, alcançando 2.002,86, correspondendo 0,71% de área do estado, localizada do Planalto da Campanha e da Depressão de Rio Ibicuí e Rio Negro.
►Lista das espécies Bosque Estepe
Savana (Campos):
Abrange uma ampla área do Rio Grande do Sul onde se destaca a vegetação campestre, diferindo da estepe pela maior frequência de árvores que tendem a invadir as áreas abertas nas condições climáticas atuais, mais favoráveis às florestas do que formações de campo. Sua fisionomia é bastante diversificada de acordo com a região do estado, e apresenta características das formações florestais com quem está em contato. A Savana reúne várias formações campestre, por vezes enriquecidas com árvores isoladas, caracterizando vegetação herbácea palhenta.
A Savana estende-se até o eixo Rosário do Sul-Bagé-Jaguarão (Fronteira do Uruguai), contactando com todas as regiões fitoecológicas do estado e expressão em área territorial de 6,24 %, em 17.650,36 km².
►Lista das espécies Bosque Savana
Savana Estépica (Campanha):
Situada na campanha gaúcha, representando uma transição entre as regiões de savana e de estepe, e seu solo mais arenoso que a estepe faz com que retenha pouca água e a vegetação “lembre” ser de um clima semi-desértico, com presença de cactos e plantas espinhentas. A exemplo da estepe, há predomínio da vegetação herbácea gramíneo-lenhosa típica dos campos, e um estrato de arvoretas de pequeno porte e com baixa densidade.
Situada na campanha gaúcha, formada por plantas adaptadas ao ambiente seco, que compreende formações predominantes de estrato rasteiro, entremeado com estrato lenhoso com a presença de plantas espinhosas, inclusive cactáceas.
Abrange cerca de 1.220,87, alcançando 0,43% da área territorial do estado, entre Santiago, Alegrete, Rosário do Sul e Santana do Livramento.
►Lista das espécies Bosque Savana Estépica
Floresta Ombrófila Mista:
Também conhecida por Florestas com Araucárias por ter o pinheiro-brasileiro como árvore de destaque por sua arquitetura e imponência, essa floresta tem suas principais áreas de ocorrência atual nas regiões de maior altitude do estado. Apresenta rica diversidade de plantas, animais e fungos. Boa parte de sua cobertura original foi convertida em áreas de produção agrícola, levando a ser um dos ecossistemas mais ameaçados do Brasil.
Floresta localizada em áreas de planalto, conhecido pela sua formação de matas densas de Araucárias. Tem um clima frio por sua grande altitude e chuvoso o ano todo.
Com 9.195,65 km² representando 3,25% da área territorial do estado.
► Lista das espécies Bosque Floresta Ombrófila Mista
Floresta Ombrófila Densa:
No Brasil é a vegetação típica da Amazônia central e da Floresta Atlântica que se estende ao longo da zona costeira até o Rio Grande do Sul, com alta densidade de grandes árvores que espelham um clima quente e úmido no geral. Abriga riquíssima diversidade de comunidades vegetais como epífitas, musgos, trepadeiras, e uma exuberante diversidade da fauna silvestre.
Floresta caracterizada pela sua vegetação perenifólia (sempre verde) por ter um clima quente e com precipitação alta e bem distribuída durante o ano. Constituída de plantas epífitas, arborescentes e trepadeiras.
Mata atlântica litorânea do nordeste do estado, com 683,75 km² representando 0,24% da área territorial.
► Lista das espécies Bosque Floresta Ombrófila Densa
Floresta Estacional Semidecidual:
A vegetação dessa floresta sofre os rigores de uma estacionalidade, ou seja de frio associado a poucas chuvas durante uma estação do ano, com algumas espécies perdendo as folhas para melhor enfrentar essa condição climática adversa. A exemplo de outros estados, no Rio Grande do Sul restam apenas pequenas áreas originais dessa Floresta, principalmente nas encostas da Serra Geral.
Caracterizam-se pela sazonalidade climática que determina a perda foliar (20 a 50% de deciduidade) dos indivíduos arbóreos, em resposta à deficiência hídrica ou queda de temperatura nos meses mais frios e secos.
Com 2.102,75 km² representando 0,74% da área territorial do estado, está localizada entre a região costeira da Laguna dos Patos e a Savana da Depressão Central, adentrando o nordeste estagnando na floresta com Araucária.
► Lista das espécies Bosque Floresta Estacional Semidecidual
Floresta Estacional Decidual:
Essa vegetação enfrenta um período climático bastante severo durante o inverno, com menos chuvas e frio, fazendo com que mais da metade das árvores percam suas folhas para melhor enfrentar essa estacionalidade fisiológica, principalmente aquelas que estão no estrato ou dossel superior da floresta. O Parque Estadual do Turvo, na divisa com a Argentina, é um bom exemplo de conservação desse tipo de floresta.
Floresta localizada em ambientes que transitam entre a zona úmida costeira e o ambiente semiárido. Sua vegetação é caducifólia (“mata seca”), tendo precipitações abundantes e período de secas longas.
Com 11.762,45 km² representando 4,16% da área territorial do estado.
► Lista das espécies Bosque Floresta Estacional Decidual