Por: Assessoria de Imprensa
Fotos: Camila Guedes
6º Prêmio Funcultura selecionou 30 projetos dos quais dois são da UPF. As áreas contempladas integram o Plano Municipal de Políticas Culturais
Lançado ainda em 2021, o Funcultura publicou em dezembro os projetos selecionados. Depois do período de recursos, o resultado final foi divulgado. Do total de 30 ações selecionadas, dois projetos são da Universidade de Passo Fundo (UPF). Vinculado do Programa de Pós-Graduação em História, o projeto “Drops patrimonial: valorização e difusão do Patrimônio Cultural de Passo Fundo” é coordenado pela professora Dra. Gizele Zanotto. Já o projeto “Construindo relações sociais com o patrimônio natural” foi proposto pela equipe do Museu Zoobotânico Augusto Ruschi (Muzar) sob a liderança da bióloga Flávia Biondo da Silva. O prazo de execução do edital é de 12 meses, por isso, as atividades e movimentações serão desenvolvidas entre 2022 e 2023.
Conheça os projetos aprovados
Fruto de anos de pesquisas, o projeto Drops Patrimonial tem como motivação a proposta de difundir amplamente as informações sobre os bens de Passo Fundo, visando com isso, estimular a comunidade na valorização desses elementos culturais que compõe a própria história do município.
O projeto prevê, segundo Zanotto, o mapeamento de bens patrimoniais citadinos e do interior, seu estudo, a produção de roteiros e gravação de 20 "drops" para divulgação de vídeos curtos pelas redes sociais, ampliando o raio de abrangência e impacto pelo uso de recursos que atualmente são parte do cotidiano de cidadãos de todas as idades. “A equipe de trabalho contará com acadêmicos interessados e com o apoio dos membros do Arquivo Histórico Regional (AHR), Programa de Pós-Graduação em História (PPGH) e curso de História, assim como dos parceiros do Instituto Histórico de Passo Fundo (IHPF). Juntos há anos, promovendo ações pelo patrimônio cultural, história e memórias de Passo Fundo, seguiremos neste processo agora efetivando o projeto contemplado no Edital”, ressalta.
Para a coordenadora, a classificação reforça o compromisso da Universidade no fortalecimento das ações de preservação da cultura local, reafirmando a força do processo de investimentos feitos pela Universidade e Instituto Histórico, mas com foco na comunidade como um todo. “São pelo menos 10 anos de trabalho coletivo voltado aos processos de patrimonialização, a discussão teórico-metodológica, a cartografia dos bens culturais locais, a participação na Setorial de Patrimônio Material, Imaterial, Arquitetura e Urbanismo (do Conselho Municipal de Políticas Culturais), o acompanhamento da legislação vigente e das obras em prédios patrimonializados, a divulgação de cartilhas orientativas aos proprietários de bens tombados, a divulgação em publicações, exposições, passeios guiados e outras ações que sistematicamente desenvolvemos”, relembra Gizele, pontuando que o edital propiciará recursos para investimento em equipamentos que são importantes para a produção audiovisual e para uma divulgação pública que amplie a abrangência também de outros projetos que não têm a visibilidade aumentada pela parceria com a Secretaria de Cultura e Prefeitura Municipal.
O projeto Construindo relações sociais com o patrimônio natural tem como objetivo geral possibilitar a interação do Muzar com a população das ocupações Valinhos II e Zacchia IV, visando o reconhecimento do Patrimônio Natural que os rodeia por meio da educação museal.
Conforme explica Flávia Biondo, o projeto pretende reconhecer as relações das ocupações dos Bairros Valinhos II e Zachia IV com o Patrimônio Natural que os rodeia, como por exemplo o Parque Natural Municipal Pinheiro Torto e o próprio Rio Passo Fundo. Para isso, as equipes irão criar e aplicar ações educativas para a capacitação de crianças e adultos; incentivar a construção de relações de integração e formar multiplicadores que possam dar continuidade a novas iniciativas de interação e valorização das comunidades das Ocupações envolvidas.
Segundo a coordenadora, será investigado o que as pessoas conhecem dos recursos naturais que as rodeiam e que importância tem para eles. Após as atividades, juntamente com a comunidade, incluindo lideranças e representantes de escolas, serão feitos levantamentos de Pontos Interpretativos, com a utilização do Método IAPI (Indicadores de Atratividade de Pontos Interpretativos), adaptado, para possível criação de trilhas interpretativas, que envolvam patrimônios culturais e naturais inter-relacionados em cada território das Ocupações.
Ao longo da execução do projeto também serão levantados potenciais ambientais, bem como problemas ambientais que possam ser trabalhados para a melhoria da qualidade de vida das pessoas que vivem nesses locais. “Todo o patrimônio cultural e natural será catalogado, com descrição e registro fotográfico. A partir desses dois levantamentos, serão criadas exposições e oficinas, que atendam a demanda da comunidade para a melhoria das condições de vida nas ocupações, possibilitando a interação com o acervo do Muzar, levando exposições até as ocupações e/ou o público até o museu e construindo parcerias que possam contribuir para atender as necessidades relacionadas a educação museal, patrimonial e ambiental”, observa Flávia.
O projeto propõe montar até duas exposições, que serão trabalhadas online e fisicamente, e até quatro oficinas sobre diferentes temáticas, que atendam as demandas levantadas pela pesquisa e pelo levantamento do território. As oficinas serão aplicadas para até 400 pessoas, com o objetivo de formar multiplicadores, seguindo todos os protocolos sanitários vigentes.
Já as exposições poderão ser visitadas por todos os moradores das ocupações, uma vez que serão montadas in loco, nas associações e escolas que atendem os territórios.
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