Desafios e potencialidades da região norte, noroeste e missões em destaque na UPF
14/09/2023
14:23
Por: Assessoria de Imprensa
Fotos: Camila Guedes
Promovido pelo Jornal do Comércio, o Mapa Econômico do RS reuniu lideranças e colocou em debate a realidade da região e as possibilidades de avanço
Com a presença de lideranças empresariais, entidades de classe e profissionais de diversas áreas, a terceira edição do projeto Mapa Econômico do RS, promovido pelo Jornal do Comércio, ocorreu na noite desta quarta-feira, 13, na Arena do UPF Parque, Campus I da Universidade de Passo Fundo (UPF). Em destaque, estiveram os desafios e as potencialidades das regiões norte, noroeste e missões do Rio Grande do Sul.
O painel contou com a participação da reitora da UPF, Dra. Bernadete Maria Dalmolin, o diretor de produção agrícola da Cotripal, João Carlos Pires, e o diretor financeiro da Be8, Carlos Mostardeiro. Os tópicos centrais da edição foram a vocação da região para a educação, inovação e tecnologia nas áreas do agronegócio e das energias renováveis e para os desafios no ensino.
Para Bernadete, momentos de diálogos onde as diferenças e as potencialidades podem ser ouvidas e compartilhadas são fundamentais, permitindo que empresas, entidades e instituições sejam ouvidas, cada uma dentro de suas identidades, mostrando suas forças e fraquezas. Em sua fala, destacou que um dos pilares mais importantes para o desenvolvimento de uma sociedade é a educação. “Sem ela, fica difícil evoluir em qualquer área. Muito da mobilização de recursos e qualificação de mão de obra em nosso Estado e aqui nessas regiões, foi feito pela chegada das instituições comunitárias. Precisamos seguir plantando essa semente da educação para que possamos seguir crescendo e evoluindo. Hoje, vivemos a era do conhecimento. Precisamos, cada vez mais, agregar valor para que todas as áreas avancem com o passar do tempo, atendendo as demandas, resolvendo os conflitos, desenvolvendo com sustentabilidade e um olhar para a formação de talentos e lideranças”, observou em sua fala.
Pelas universidades passam a pesquisa e a inovação e esses processos demandam tempo e investimento. Por isso, a reitora ressaltou que são necessárias políticas públicas que vejam esse potencial e que incentivem novas ideias, projetos e ações. “As instituições têm feito esse movimento de aproximar os diferentes atores, trazendo elementos de cada bagagem, para valoriza-los e agregar conhecimento a partir da vivência universitária. Mas temos grandes desafios. Em todos os níveis. Precisamos falar mais sobre educação de qualidade em todos os níveis. Não temos condições de ter um aproveitamento pleno, porque faltou uma base importante de aprendizado”, ponderou.
Segundo a reitora, uma criança que nasce hoje, vai desenvolver, até os 18 anos, 56% das suas potencialidades produtivas e o desafio para mudar esse percentual é de todos. “Precisamos de mais ambientes de formação e inovação, precisamos acelerar esse caminho e pensar juntos em como nos desenvolver e crescer. Precisamos pensar em fortalecer a formação humana e profissional. São as pessoas que enfrentam crises, buscam soluções e são criativas e somos nós que precisamos olhar para essa realidade e pensar alternativas e ferramentas para potencializar tudo isso”, disse.
União de ideias para encontrar soluções
Carlos Mostardeiros, diretor financeiro da B&8, destacou que o mundo exige de todos, cada vez mais, uma cultura sustentável e que este é, sem dúvidas, um dos grandes desafios. “Há 18 anos a BS Bios, hoje B&8, surgiu. Uma empresa que agora passa a ser uma cia global, mas que mantém suas origens na terra. Temos nossos projetos e ações e vemos que existe muito espaço para a indústria e o agro neste debate. Temos projetos de energia renovável em todas as nossas plantas, desenvolvendo e criando espaços para o crescimento, provocando temas e ações concretas para que tenhamos um planeta melhor para todos”, observou.
Já para João Carlos Pires, diretor de produção da Cotripal, o cenário aponta para uma maior produtividade, mercados mais competitivos e o desafio de buscar um aproveitamento dos potenciais que os municípios e o estado oferecem. “A cooperativa trabalha para atender demandas do setor agrícola, com investimento em áreas que têm potencial de crescimento, como irrigação, etanol. Temos aí o desafio da agricultura digital e a busca permanente de geração de renda, emprego e desenvolvimento econômico para todo o estado”, frisou, reforçando a importância da melhoraria da infraestrutura viária do Estado e da ampliação da conectividade no campo.
Editor chefe do Jornal do Comércio, Guilherme Kolling, destacou que o jornal esteve, desde a sua criação, há 90 anos, preocupado com o cenário econômico do Estado e do país. Em sua fala, destacou o empenho em ser uma ferramenta que levanta dados e reúne, por meio de uma pesquisa e de investigação, elementos que auxiliam os mais variados setores. “O Jornal do Comércio sempre teve como princípio apoiar o desenvolvimento econômico e social do país. Criado com o objetivo de gerar informações corretas e seguras, que possam embasar decisões e inspirar iniciativas. Neste sentido, o Mapa surge para mostrar as potencialidades de cada região, apontando os exemplos e motivando investimento e, por consequência, o desenvolvimento”, observou.
O evento ainda contou com manifestações de representantes da Acisa, BRDE, Fiergs, do Hospital São Vicente de Paulo e da empresa Una Construtora.
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