Ensino

“O direito é uma ferramenta para a construção de sociedades mais justas e igualitárias”

22/11/2024

17:34

Por: Caroline Simor / Assessoria de Imprensa UPF

Fotos: Caroline Simor

VIII Congresso Internacional promovido pelo Programa de Pós-Graduação em Direito da UPF reúne estudantes, professores e pesquisadores para debater a democracia e as mudanças climáticas

A VIII edição do Congresso Internacional do Programa de Pós-Graduação em Direito da UPF ocorre até esta sexta-feira, 22. Reunindo estudantes, professores, pesquisadores e profissionais da área, o evento tem como tema “Desafios para a democracia e relações sociais em tempos de mudanças climáticas”. Durante a programação, convidados de renome participam presencialmente e também de forma virtual. 

A palestra inicial teve como foco “Justiça climática: democracia e relações sociais” e contou com a participação das doutoras Leilane Reis e Fernanda Kaingáng. Entre os temas trazidos pelas pesquisadoras, estiveram a justiça climática e social, as políticas de reparação e também o racismo ambiental. “Sempre importante fomentar eventos como esses, dentro da academia, dentro de um curso de Direito. Nem sempre esses temas são bem recebidos, mas é fundamental falarmos sobre direitos humanos e mudanças climáticas”, destacou Leilane. A mediação foi feita pelas professoras Dra. Patrícia Noschang e Dra. Josiane Petry Faria.

O pró-reitor Acadêmico Edison Alencar Casagranda esteve presente na abertura do Congresso e destacou a importância da Universidade no contexto social. Segundo ele, por meio dos cursos e Programas de Pós-Graduação, a Instituição fomenta a cultura do pensar e promove ações que criam ferramentas de mudança social. “Que bom que as palestrantes estão aqui, trazendo um frescor diferente para a Universidade. Vocês fazem um debate, uma discussão que não está necessariamente no nosso cotidiano, mas vocês estão em outra instituição, estão em outro lugar, e trazem perspectivas diversas”, disse.

Primeira mulher a coordenar o Programa de Pós-Graduação em Direito, a professora Dra. Adriana Pilatti reforçou o compromisso do Mestrado em oferecer uma formação qualificada e com pesquisas que têm impacto na vida das pessoas. Ela destacou a presença das palestrantes e a importância das mulheres no cenário de pesquisa. “Quero expressar a minha gratidão pela presença das professoras Leilane e Fernanda, painelistas de hoje e, através delas, todas as mulheres juristas, advogadas e estudantes. Nossa trajetória em cargos de liderança não é simples, muitas vezes enfrentamos desafios significativos e infelizmente até situações de violência, mas seguimos avançando e transformando esses espaços. Hoje, sinto-me particularmente honrada por estar aqui como a primeira mulher a coordenar o Programa de Pós-Graduação Direito nos últimos nove anos. Essa conquista não é apenas pessoal, mas reflete a força coletiva das mulheres na academia e no campo jurídico”, observou.

Sobre o Congresso, a coordenadora pontuou a necessidade de promover espaços de debate e troca onde a busca por avanços seja permanente. “Hoje, para enfrentar uma das questões mais urgentes em nosso tempo, as mudanças climáticas e seus reflexos na democracia e nas relações sociais, o tema desse congresso, é um convite a refletirmos e agirmos de forma corajosa e coletiva. Vivemos em uma era de transformação interconectada, em que o impacto das mudanças climáticas se reflete em desigualdades sociais, econômicas e políticas cada vez mais acentuadas. É inegável que os efeitos climáticos não são neutros, eles intensificam as vulnerabilidades das populações historicamente marginalizadas, como mulheres, pessoas idosas, povos indígenas, emigrantes”, comentou.

Segundo ela, o Direito em sua essência é uma ferramenta para a construção de sociedades mais justas e igualitárias, por isso, em tempos de transformação ambiental, ele precisa ir além das normas tradicionais e oferecer respostas inovadoras e inclusivas. “Este Congresso é, portanto, um espaço para pensarmos nessas respostas, debatendo soluções que promovam a sustentabilidade, a inclusão e a equidade, e que fortaleçam os pilares da democracia diante das adversidades que enfrentamos”, ponderou a coordenadora.

A atividade também contou com a presença do diretor da Escola de Ciências Jurídicas, Dr. Rogério da Silva que aproveitou o seu momento de fala para fazer uma homenagem ao Projur Mulher e Diversidade. A equipe recebeu uma placa que será instalada no hall de entrada do prédio. Em sua fala, Rogério parabenizou as coordenadoras, professoras Dra. Josiane Petry Faria e Dra. Karen Fritz, e também as estagiárias que atuam para atender a demanda.
 

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