Cultura

Projeto contemplado na Lei Paulo Gustavo proporcionará acessibilidade de obras no MAVRS

04/06/2024

16:21

Por: Assessoria de Imprensa

Fotos: Divulgação

O projeto “Um Dia como Curador: Curadoria Educacional”, da proponente cultural Rafaela Dall Aqua Fachi, foi contemplado no edital da Lei Paulo Gustavo, realizada pelo município de Passo Fundo, através da Secretária de Cultura. Ele tem o intuito de proporcionar que o Museu de Artes Visuais Ruth Schneider da Universidade de Passo Fundo (MAVRS/UPF) tenha algumas de suas obras do acervo disponibilizadas com acessibilidade por meio da descrição de imagem e informações em Braille.

O projeto surgiu a partir de um jogo educativo no qual foi chamado de “Um Dia como Curador”, que contempla de forma fácil e compreensível entender o que é curadoria. Segundo Rafaela, a proposta serve para estimular a criatividade, criar diálogos, fomentar discussões e explorar pensamentos críticos e conscientes sobre as temáticas abordadas nas obras.

De acordo com a proponente do projeto, a iniciativa para a produção veio a partir do convívio diário com o ambiente museológico e a ausência da visitação de pessoas com deficiência visual no mesmo. Rafaela conta que, juntamente com colegas que atuam na área de Museus, foi pensada uma solução para mudar o estigma entre arte e acessibilidade. “Como poderíamos fazer esse público se sentir parte do museu? Começamos então a desenvolver no setor educativo uma oficina curatorial que abrangesse mais do que somente a população estudantil e visitantes espontâneos. Com braille, áudiodescrição e descrição de imagem, tentamos acessibilizar esses recursos, para que, de passo a passo, essa seja uma realidade frequente e que possamos encontrar diariamente nos espaços museológicos da região”, comenta.

Robson Flores, estudante do 7º nível do curso de Publicidade e Propaganda da UPF e formado no curso de audiodescrição da Fundação Dorina Nowill para Cegos, também participa dessa iniciativa. Atualmente, o acadêmico atua como voluntário na Associação Passofundense de Cegos (APACE) e no Movimento Web para Todos. “Acredito que todos devem ter a oportunidade de apreciar e entender plenamente as diversas formas de expressão artística”, afirma.

Sua paixão pela inclusão o impulsiona a tornar a cultura mais acessível, proporcionando uma experiência rica e detalhada para pessoas com deficiência visual. “Todos devem ter a oportunidade de apreciar e entender a arte, independentemente de suas limitações visuais, assim como a audiodescrição não é apenas uma ferramenta técnica, mas um meio de inclusão social e cultural que enriquece a experiência artística", complementa Robson.