Por: Assessoria de Imprensa
Fotos: Filippe de Oliveira Martins
A comunidade acadêmica da Universidade de Passo Fundo (UPF) recebe, durante esta quarta-feira, 6 de dezembro, a visita de integrantes do projeto de extensão ComSaúde, que desenvolvem uma ação de sensibilização sobre doação de órgãos. A atividade, realizada em parceria com o 2º Tabelionato de Passo Fundo, destaca a possibilidade de fazer uma declaração do desejo de ser doador por meio de uma escritura, procedimento que é totalmente gratuito.
O encontro conta com a participação de estudantes e professores de cursos da área da saúde da UPF, de representantes do Tabelionato, além da Divisão de Gestão de Pessoas (DGP), os quais passam orientações sobre como se tornar doador de órgãos e a importância desse gesto. Os interessados que querem se declarar doadores podem se dirigir a qualquer um dos tabelionatos de todo o estado.
Conforme a tabeliã do 2º Tabelionato de Notas de Passo Fundo e designada no 1º Tabelionato de Notas do município, Alexandra Passaia, ambos os Tabelionatos prestam o serviço. “Através de uma escritura pública declaratória, a pessoa se declara doadora de órgãos, e no momento que acontecer um suposto doador, a família vai ser chamada a decidir sobre a doação de órgãos. Em Passo Fundo, é possível ir tanto no 1º, quanto no 2º Tabelionato, portando CPF e identidade pessoal. Também será necessário indicar dois familiares ou amigos que vão ficar responsáveis por ajudar a família no momento da decisão. Então, indica essas pessoas e leva o número do CPF de quem será indicado e o telefone para fazer a declaração. É bem simples, só com um documento de identificação e a pessoa que vai ser indicada a ajudar a família”, relata, ao complementar que a escritura é um instrumento de ajuda e convencimento da família a doar os órgãos, porque ali vai estar expressa a vontade da pessoa de ser doadora.
A escritura é gratuita, feita no Tabelionato de forma rápida e segura e encaminhada a Central de Transplantes do Estado do Rio Grande do Sul de maneira sigilosa.
Seja um doador
Coordenadora do projeto ComSaúde, a professora Cristiane Barelli menciona que a ação é muito importante, pois um dos 3 principais motivos da não doação é que os familiares não sabiam do desejo do potencial doador. “Além disso, a sociedade, de maneira geral, desconhece os conceitos envolvidos na doação de órgãos, especialmente quando esse processo se dá após a morte do potencial doador. Pouco se sabe também sobre a possibilidade de registrar seu desejo de ser doador em vida, através de uma declaração registrada em cartório gratuitamente”, afirma.
A bolsista do ComSaúde Nathalia Giareta Serena ressalta que, muitas vezes, no momento da entrevista familiar, as famílias acabam negando a doação por conta de não saber a vontade do seu ente querido. “Nesse sentido, a declaração vem como um suporte para a família ficar mais tranquila, mais segura em relação à sua decisão de doar os órgãos do seu familiar”, pontua.
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