Por: Assessoria de Imprensa
Fotos: Jéssica França
Universidade de Passo Fundo promoveu evento que reuniu professores, gestores escolares e acadêmicos das licenciaturas
A Universidade de Passo Fundo (UPF), por meio do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) e do Programa de Extensão "Ensino e Inovação”, com o apoio da Coordenadoria das Licenciaturas e dos Programas de Pós-Graduação em História e em Letras (PPGH e PPGL), promoveu, na noite de quarta-feira, 18 de abril, o Fórum de discussão sobre a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Com o tema “Competências gerais e fundamentos da BNCC: foco no ensino fundamental anos finais”, o evento, realizado no auditório do CET, reuniu professores, gestores escolares e acadêmicos das licenciaturas.
A palestra foi proferida pela coordenadora de Extensão do IFCH, professora Dra. Luciane Sturm, e pela coordenadora do curso de Filosofia, professora Dra. Carina Tonieto. “O evento integra o movimento nacional de discussão sobre a Base Nacional Comum Curricular referente ao ensino fundamental já aprovada pelo Ministério da Educação, e a do ensino médio, que está sendo discutida no conselho e que, provavelmente, será aprovada também. Então, estamos nos unindo ao movimento nacional de discussão desse documento que tem impacto direto no modo como as escolas organizam os seus currículos”, disse a professora Carina.
Ainda de acordo com a professora, foram promovidas audiências para discussão das propostas de mudança da BNCC, contudo, somente alguns grupos tiveram suas sugestões atendidas. “A versão final não contemplou muitas das sugestões que vieram de alguns grupos que foram consultados nas primeiras audiências públicas para elaboração desse documento. Hoje, a grande queixa envolve o questionamento a respeito da razão pela qual somente alguns grupos foram contemplados no documento se todos os grupos foram ouvidos”, ponderou.
Conforme Carina, a Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Educação (Anped) e a Associação Nacional de Gestão da Educação (Anpae) são exemplos de grupos que não foram contemplados com a mudança. “Eles consideram que não é salutar vincular a formação de professores a um documento, inclusive porque esses documentos mudam, então, a formação de professores tem que ser muito mais ampla do que uma formação para atender às diretrizes de um documento que possa ser modificado e até substituído. A grande pergunta é: por que as considerações de alguns grupos foram contempladas e as de outros não, já que elas não eram contraditórias e não se excluíam?”, afirmou.
O encontro, além de discutir o formato da BNCC, também propôs uma reflexão sobre o impacto nos currículos e nas avaliações. O debate foi transmitido ao vivo, pelo canal da UPF Virtual no Youtube.
Debate sobre BNCC continuará nos próximos meses
Nos dia 16 e 17 de maio, por meio do 10º Seminário de Atualização Pedagógica para Professores da Educação Básica (Semape), que ocorrerá no Centro de Eventos da UPF, serão discutidos os seguintes temas: “Formação de professores: uma história de encontros, legislação e desafios”; e “Formação e diálogo interdisciplinar em contextos plurais”.
Já no dia 5 de junho, nos auditórios do CET e do IFCH, serão realizados debates com as áreas do conhecimento. E, no dia 14 de junho, no auditório da Feac, será promovida uma nova palestra, com o tema “Desafios da BNCC e as práticas interdisciplinares entre as áreas do conhecimento”.
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