Tecnologia, criatividade e aprendizado

Com o uso de um software para programação, o curso mestrado do Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Matemática (PPGECM) da UPF desenvolve uma séria de ações com estudantes de escolas municipais de Passo Fundo. A parceria, que existe há alguns anos, reuniu alunos no Laboratório Central de Informática, Campus I da Universidade. A atividade faz parte da CyberLiga, promovida pela Secretaria Municipal de Educação.

Conforme o professor Dr. Marco Trentin, que coordenou o encontro, o scratch é um software poderoso que revolucionou o mundo da programação para crianças. Por meio dele, as crianças têm facilidade de aprender noções de programação uma vez que ele não tem as particularidades de uma linguagem de programação mais complexa em que são exigidos a digitação de comandos. Trentin explica que, ao digitar os comandos, qualquer letra errada impede o funcionamento, então, o scratch, que foi desenvolvido pelo MTI, acaba sendo uma ferramenta mais intuitiva. “Com ele é possível fazer coisas simples e, ao mesmo tempo fazer produtos bem complexos. Entre eles, pequenas animações, histórias em quadrinhos, jogos, experimentos interativos. Por exemplo, se você quiser fazer o sistema solar, os planetas orbitando ao redor do Sol, as luas de alguns planetas, tudo isso é possível, e isso que eles irão aprender”, comentou.

Na atividade proposta, a turma foi desafiada a criar uma pequena animação cuja narrativa versava sobre um gatinho perdido no deserto e que encontraria um gênio da lâmpada. A ideia, segundo o professor, foi relacionar a história com várias realidades e provocar a criatividade dos estudantes. “Aqui eles serão desafiados a pensarem diferente e, quem sabe, isso estimule eles a pensar em trabalhar com áreas que envolvam a tecnologia, já tendo noções de programação e do que está no mercado”, ressaltou.

Camila de Moraes é Cyber Mestre de Ciências da Natureza da Prefeitura de Passo Fundo. Ela acompanhou os estudantes e destacou que a CyberLiga surgiu no final de 2021, com a ideia de criar conteúdos para disponibilizar online aos estudantes, permitindo o acesso a qualquer momento. Ela destaca que a necessidade surgiu quando se verificou que, após a pandemia, alguns estudantes estavam com dificuldades no aprendizado e precisavam de reforço. Contudo, a equipe concluiu que, além da defasagem na aprendizagem, havia uma lacuna também com relação ao convívio das turmas. “Então, junto com a UPF oferecemos esses momentos que mesclam o presencial e on-line, aproveitando as ferramentas tecnológicas e a partilha real. Em 2024 estamos trabalhando com oito momentos on-line e três momentos presenciais, e um desses momentos presenciais que a gente chama de cupom dourado, é esse momento que está acontecendo agora aqui com o professor Trentin”, observa, destacando que a ideia do cupom é proporcionar experiências em locais da cidade, em instituições da cidade, promovendo aprendizagem também nesse sentido.
 

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