Pesquisa e Inovação

“Precisamos pensar um futuro onde o envelhecimento seja encarado de maneira natural”

03/10/2024

15:56

Por: Assessoria de Imprensa

Fotos: Caroline Simor

Congresso Internacional de Estudos do Envelhecimento Humano teve início nesta quarta-feira, 2. Pesquisadores de renome debatem a inovação e a humanização na área

“Precisamos pensar em um futuro onde o envelhecimento seja encarado como um processo rico e natural”. Foi com esta frase que a coordenadora do VII Congresso Internacional de Estudos do Envelhecimento Humano (CIEEH) deu as boas-vindas para os participantes presenciais e virtuais do evento. O encontro, que ocorre de maneira híbrida e conta com palestrantes e pesquisadores de renome nacional e internacional, teve sua abertura oficial na noite desta quarta-feira, 3.

A reitora da UPF, Bernadete Maria Dalmolin e o pró-reitor Acadêmico, Edison Alencar Casagranda, participaram da atividade. Em sua fala, a reitora destacou a importância de espaços que fomentem a pesquisa e que promovam uma mudança de visão da sociedade para compreender o tema. “A inovação e a humanização são dois temas que, no meu entendimento, se conectam profundamente e são de extrema relevância. Apesar de nós termos o Estatuto do Idoso, nós temos um conjunto de legislações que precisam ser repensadas, ainda temos muitos problemas e muitos desafios a superar, quer seja no campo da saúde, no campo da assistência social, no campo da infraestrutura, no campo das cidades, em todos os ambientes que circundam a nossa vida”, observou.

A reitora destacou o trabalho feito pela Universidade dentro do Programa de Pós-Graduação em Envelhecimento Humano, pontuando as diversas pesquisas que auxiliam na qualidade de vida e na tomada de decisões. “É fundamental nós podermos desenvolver universidades, instituições de ensino que se dedicam aos estudos, que se dedicam à pós-graduação, que imprimam para a segurança climática, para dentro dos seus currículos com seriedade. É importante podermos avançar nesses estudos, inovando, produzindo processos, produzindo técnicas, desenvolvendo os serviços, desenvolvendo novas políticas de saúde, desenvolvendo espaços melhores”, considerou Bernadete.

Promovido pelo PPGEH, o evento chega em sua sétima edição e traz como tema “Sociedade longeva: Inovação e Humanização”. Conforme a coordenadora da atividade, professora Charise Dallazem Bertol, profissionais da saúde, pesquisadores e formuladores de políticas, precisam ter um olhar atento e propositivo sobre o futuro. “O envelhecimento, embora natural, traz consigo uma série de complexidades que precisa ser abordada de forma cuidadosa e multidimensional. Envelhecer com qualidade de vida depende de uma série de fatores, entre eles a presença de políticas públicas robustas e eficazes que garantam não apenas o acesso à saúde, mas a promoção de ambientes que favoreçam a inclusão para a população idosa, como a gente banca um envelhecimento ativo e saudável. O envelhecimento não é apenas uma etapa da vida, mas uma fase que deve ser vivida com dignidade e qualidade”, disse.

Para a professora, a sociedade não pode apenas focar nas doenças. “Envelhecimento é também uma oportunidade de crescimento, de rede de descobertas e de novas vivências. Nosso papel como profissionais e pesquisadores é encontrar maneiras de transformar os desafios em oportunidades e garantir que a sociedade esteja preparada para um futuro em que o número de pessoas idosas está crescendo”, observou.

O evento contou com mais de 400 inscritos e cerca de 120 trabalhos submetidos para publicação. O Congresso também celebrou os 15 anos do PPGEH que tem conceito 5 na Capes e já formou quase 300 mestres e 22 doutores. 

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