Por: Assessoria de Imprensa
Fotos: Caroline Lima e Divulgação
Com 25 araucárias inscritas, concurso Árvores Gigantes buscou valorizar a biodiversidade da flora nativa e incentivar a preservação ambiental
Considerada um símbolo da vida, a árvore tem um papel fundamental na preservação do meio ambiente. Nesta quinta-feira, 21 de setembro, é comemorado o Dia da Árvore e para celebrar a data, o Laboratório de Manejo da Vida Silvestre da Universidade de Passo Fundo (Lamvis/UPF) divulgou o resultado do concurso Árvores Gigantes. Para a primeira edição, a espécie escolhida foi a Araucária angustifólia, popularmente conhecida como pinheiro-brasileiro. Ao todo, 25 árvores foram inscritas, de seis municípios da região: Passo Fundo, Mato Castelhano, Carazinho, Coqueiros do Sul, Tapera e Palmeira das Missões.
As três primeiras colocadas são do município de Coqueiros do Sul. Elas têm entre 5,18 metros e 5,67 metros de circunferência, além de alturas que variam de 30 a 36 metros e uma média de idade de 300 anos cada. “Ao participar do concurso, tentamos chamar a atenção para as matas da Fazenda Coqueiros, que são uma riqueza e são um mérito do meu avô por ter preservado. Esse é um concurso que eu ficaria feliz até se perdesse. Queria que essas árvores não fossem exceção, fossem regras, que tivessem muitas outras maiores que elas. É nosso dever usar as sementes delas e plantar mais árvores em todo lugar, pois é muito importante preservá-las”, comenta Homero Guerra Neto, administrador da propriedade em que as três primeiras colocadas estão localizadas.
Lançado no mês de junho, no Dia do Meio Ambiente, o concurso teve como objetivo identificar as maiores árvores da região do Planalto Médio do Rio Grande do Sul, a fim de valorizar a biodiversidade da flora nativa da região e incentivar a preservação ambiental. “A árvore se tornou um símbolo da vida e temos clareza que, mais importante que a árvore, é a floresta e a biodiversidade como um todo, por todo serviço que ela presta para a sociedade, seja na manutenção da fauna, dando alimento e abrigo, seja sequestrando carbono. Essas gigantes que participaram do concurso, cada uma delas estoca cerca de 100 kg de carbono por ano, temos plantas de 300 a 400 anos. Soluções para salvar as florestas a gente tem, precisamos colocar em prática”, afirma o coordenador do Lamvis, professor Dr. Jaime Martinez, ao destacar que a ideia é dar prosseguimento ao concurso nos próximos anos escolhendo outras espécies de árvores nativas.
O concurso foi promovido pelo Lamvis, com a apoio do Projeto Internacional Transformando Universidades para um Clima em Mudança (CLIMATE-U), Green Office/UPF, Projeto Charão (AMA/UPF), Prefeituras Municipais de Passo Fundo, Carazinho, Mato Castelhano, Palmeira das Missões, Coqueiros do Sul e Tapera, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), por meio da Floresta Nacional de Passo Fundo (Flona), Cotrijal, Coprel, Emater/RS, Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Passo Fundo, Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Programa de Pós-graduação em História (PPGH/UPF).
Confira a circunferência das 10 maiores araucárias do Planalto Médio:
1°, 2° e 3° lugar: Coqueiros do Sul - 5,67 metros; 5,55 metros e 5,18 metros, respectivamente
4° lugar: Mato Castelhano - 5,10 metros
5° lugar: Carazinho - 4,70 metros
6°, 7° e 8° lugar: Tapera - 4,27 metros; 4,17 metros e 4,12 metros
9° lugar: Passo Fundo - 3,8 metros
10° lugar: Tapera - 3,72 metros
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