Por: Assessoria de Imprensa
A campanha institucional da Fundação Universidade de Passo Fundo (FUPF) foi lançada na quinta-feira, 15 de abril, com show on-line da banda Los 3 Plantados
A doação de órgãos passa por um momento crítico em função da pandemia de Coronavírus. A queda na doação é significativa. Em 2019, foram feitos 15,8 mil transplantes. No ano passado, não chegou a 10 mil (9,9 mil). Atualmente, mais de 40 mil pessoas esperam na fila por um transplante no país. Além de tudo isso, muitas famílias não autorizam a retirada de órgãos de seus familiares que morrem ou que apresentam morte cerebral declarada. Para ajudar a mudar essa realidade, a Fundação Universidade de Passo Fundo (FUPF) lançou, na noite de quinta-feira, 15 de abril, a campanha institucional “O som da vida não pode parar”.
O evento on-line contou a banda Los 3 Plantados, que apresentou o show "Melodias que Conscientizam a Doação de Órgãos". Além disso, os integrantes da banda, os artistas Bebeto Alves, Jimi Joe e King Jim, que passaram por transplantes e criaram o grupo a partir disso, participaram de um debate virtual sobre o tema com a presença do médico do Hospital São Vicente de Paulo (HSVP) de Passo Fundo e diretor da Faculdade de Medicina da UPF, Dr. Paulo Reichert, e do presidente da FUPF, professor Dr. Luiz Fernando Pereira Neto. A mediação foi da jornalista e supervisora da UPFTV, Taís Rizzotto.
A nova campanha institucional FUPF visa incentivar as pessoas a comunicarem à família o desejo de ser um doador. “Acreditamos na modificação da mentalidade das pessoas para desmistificar um tema que naturalmente é árido, difícil e pesado. Ouvindo e vendo os transplantados a coisa fica mais leve. A Fundação, através de alunos, professores e funcionários, cumprindo com a sua missão educativa, quer romper paradigmas em termos de mentalidade e queremos que seja uma bandeira da FUPF. O som da vida não pode parar”, destacou, emocionado, o presidente da Fundação, que também está na fila por um transplante de rim e compartilhou a sua experiência.
A queda no número de doações, a lotação e falta de insumos e medicamentos nos hospitais, e tantos outros fatores contribuem para este cenário negativo durante a pandemia de Coronavírus. O diretor da Faculdade de Medicina e médico do HSVP, destacou que este é o momento mais crítico da doação de órgãos. “Temos no país o maior serviço público de transplante, por meio do SUS. Somos o segundo país que mais faz transplante de rim há anos e o segundo que mais faz transplante de fígado, só perdemos para os Estados Unidos. Infelizmente, a pandemia afetou, de maneira muito séria, nós transplantadores e quem está na fila. Transplantamos fígado há 21 anos e esse é o momento mais crítico. Está muito difícil conseguir doadores, bem como é crítica a realidade dos hospitais, que sofrem com a falta de anestésicos, relaxante muscular e vagas em UTIs. É um momento bem difícil”, declara o médico do HSVP e diretor da Faculdade de Medicina da UPF.
- Confira, abaixo, o lançamento realizado de forma on-line.
A temática será trabalhada durante todo o ano de 2021, repercutindo em todas as mantidas da FUPF (UPF, Integrado e UPF Idiomas), com ações, materiais e atividades em prol da conscientização sobre a doação de órgãos. A campanha da FUPF é realizada em parceria com a Rádio UPF e UPFTV, e conta com o apoio do projeto FAC Movimento da Secretaria de Estado da Cultura (Sedac/RS) e projeto “Melodias que conscientizam a doação de órgãos”. Saiba mais em https://www.upf.br/fupf/o-som-da-vida.