Por: Assessoria de Imprensa
Fotos: Divulgação
Passo Fundo é a mais recente cidade da região a aderir ao projeto internacional Cidades Educadoras. Grupo de trabalho organiza reuniões para colocar as ações em prática e envolver a comunidade
Após aprovação do ingresso da cidade pela Câmara de Vereadores, Passo Fundo deu início, na tarde desta terça-feira, 8 de junho, as tratativas para colocar em prática o projeto Cidade Educadora. Liderado pela Associação Internacional das Cidades Educadoras (AICE), o movimento já conta com outros quatro municípios da região e três em andamento. Agora, Prefeitura e Universidade de Passo Fundo (UPF) somarão esforços para promover ações que visam implementar o projeto. A comunidade será chamada para debater e participar da consolidação da iniciativa.
A reunião desta terça-feira contou com a participação da reitora da UPF, Dra. Bernadete Maria Dalmolin, do vice-reitor de Pesquisa, Pós-Graduação, Extensão e Assuntos Comunitários, Dr. Rogerio da Silva, dos professores Dra. Adriana Dickel e Dr. Márcio Tascheto, do prefeito de Passo Fundo, Pedro Almeida, do secretário de Educação do município, Adriano Canabarro Teixeira, e da conselheira da Secretaria Municipal de Educação, Denize Cornelio da Luz.
Em sua fala, a reitora agradeceu o empenho para que Passo Fundo conquistasse essa condição, fruto de uma iniciativa entre a Prefeitura e a Universidade. Para ela, na perspectiva e no conceito de ser e de viver a cidade, a Prefeitura atuou com rapidez ao desencadear o processo para a aprovação do credenciamento. “Temos todos um desejo de ver uma cidade cada vez mais diferente e qualificada para todos os cidadãos. Conhecemos a origem dessas discussões, dentro da Faculdade de Educação, quando começamos a nutrir essa ideia, vimos a necessidade de fomentar essa perspectiva. Nascendo assim o projeto UniverCidade, que logo criou contatos, raízes e redes com o projeto maior das cidades educadoras”, ressaltou, lembrando que o grande objetivo deve ser para uma cidade voltada às pessoas, de ações e trabalhos que educam a partir de várias frentes e conjuntos de elementos que compõem a própria sociedade.
Para o professor Rogerio, os desafios são grandes, mas exemplos já existentes ajudarão na construção do projeto e na adesão da comunidade à essa ideia coletiva. “É um movimento que tem chamado cada vez mais municípios e que tem motivado cada vez mais cidades a fazerem parte, tendo impactos não apenas nos municípios que aderem, mas naqueles que estão próximos e que, de certa forma, atuam de forma integrada”, pontuou o vice-reitor.
O prefeito, Pedro Almeida, destacou que a adesão de Passo Fundo ao Cidades Educadoras era uma ideia antiga e que, a partir da resolução de alguns pontos, foi possível avançar. Ele lembrou que esteve em Barcelona e que lá teve a oportunidade de conhecer a origem do projeto, bem como conversar com a idealizadora da ação. Segundo o chefe do executivo, a equipe está focada e contará com a Universidade, pela sua natureza comunitária, para alavancar a ideia. “Aproveitando o plano de governo novo, já com o plano de metas apresentado e contemplando o projeto, dentro das discussões sobre desenvolvimento da cidade, temos todas as condições para fazer de Passo Fundo uma cidade verdadeiramente educadora. Temos a frente o Plano diretor e o Plano de Mobilidade Urbana, bem como uma reestruturação administrativa que virá adiante, melhorando estruturas, processos e que nos ajudará a construir documentos e ações planejados dentro de uma cidade que será educadora”, ponderou o prefeito, ressaltando que, para isso, a prefeitura buscará ainda mais aproximação com a Universidade.
Um projeto nascido na Universidade
Idealizado pela Associação Internacional das Cidades Educadoras (AICE), o movimento que já conta com outros quatro municípios da região conta com o auxílio do Programa UniverCidade Educadora e do Projeto de Extensão Gestão da Educação: o feito, o necessário e o possível da Universidade de Passo Fundo (UPF).
Depois da fase mais concreta, após a aprovação na Câmara de Vereadores, o grupo agora segue para a organização estrutural para colocar em prática as ações previstas na adesão ao projeto. Presente na reunião, a professora Dra. Adriana Dickel, coordenadora do Projeto na Faculdade de Educação, apresentou o ponto de vista da Universidade. “Como temos trabalhado, já temos uma ideia dos desafios observados nas cidades que já colocaram em prática o projeto, analisando o que pode ser pensado e melhorado e nos colocarmos à disposição da Prefeitura para que possamos construir juntos esse projeto de gestão da cidade educadora”, frisou.
Para ela, o grande desafio é pensar a cidade não apenas para as pessoas, mas com as pessoas. “Queremos que todos participem ativamente dos processos de decisão nas cidades, pessoas, instituições, entidades, setores, ou seja, com o envolvimento das mais diversas secretarias e unidades dentro da administração pública e também da sociedade civil”, observou a coordenadora.
Membro da equipe e um dos coordenadores do projeto dentro da UPF, o professor Dr. Marcio Tascheto abordou o fato de que já existe um movimento forte dentro das universidades que, no seu compromisso com a comunidade em que estão inseridas, atuam de forma coletiva com as cidades educadoras, buscando fomentar ações e esforços. “Desejo de que esse pacto funcione e que, mesmo diante das complexidades e dos desafios, dos objetivos médios e longos, possamos dar cada passo a seu tempo e materializar essa realidade, apontando para dois aspectos fundamentais: um projeto político-pedagógico amplo para a cidade, imerso nas mais diversas instâncias políticas, e como esse projeto se dará para fora do poder público, envolvendo todos os atores da sociedade”, observou.
Hoje, secretário de Educação, Adriano Canabarro Teixeira também integrou os projetos dentro da UPF, enquanto docente. Ele ponderou que a equipe está ciente dos desafios de ser fazer uma cidade educadora e transformar a cidade naquilo que esse projeto representa e que, diante disso, estão prontos para aproveitar a oportunidade de fazer. “A ideia do território educador, pensando para as pessoas e com as pessoas, vários elementos nos levam a reconhecer o projeto como uma ação de desenvolvimento da cidade. Temos todas as condições e precisamos potencializar nossas estruturas, espaços, ações, conhecimentos e vivências. Podemos e queremos ter uma cidade comprometida e que se importa com os seus. Vamos organizar movimentos para que as pessoas saibam o que é e compreendam, e democratizar o conceito”, disse.
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