Universidade

Inserção acadêmica e partilha de conhecimento são a base da internacionalização na UPF

19/07/2023

14:42

Por: Assessoria de Imprensa

Fotos: Divulgação

Representada por professores e estudantes, Instituição esteve recentemente em eventos e ações na Grécia, EUA e África

Quando surgiu, há 55 anos, a Universidade de Passo Fundo (UPF) já tinha em sua essência a busca pelo ensino de qualidade e, por isso, sempre esteve vinculada a eventos, projetos e pesquisas nacionais e internacionais. Esse modelo foi sendo ampliado e potencializado com o tempo e hoje professores e acadêmicos atuam pelos quatro cantos do mundo compartilhando saberes. Exemplo dessa dinâmica foi a participação de estudantes e docentes em recentes movimentações na Grécia, Estados Unidos e África. Cada um em sua área, eles participaram de congressos, receberam prêmios e levaram exemplos de ações desenvolvidas na UPF.

Convidado para participar do 9º International Congress in Geoenviromental Engineering, na Grécia, o professor Dr. Antônio Thomé, apresentou um trabalho oral sobre “Análise de ciclo de vida na forma de produção de nanoferro”, fruto de uma tese de doutorado da egressa Dra. Caroline Visentin, no Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil e Ambiental (PPGEng).

Um dos pesquisadores de referência da Instituição, Thomé também coordenou duas sessões técnicas sobre remediação de áreas contaminadas. Representante brasileiro no Comitê Técnico de Geotecnia Ambiental da International Association of soil mechanics and Geothecnical Engineering, ele integrou a reunião presencial onde foram tratados assuntos de interesse da associação, como a escolha da cidade onde ocorrerá a 10ª edição do evento, sendo Kyoto, no Japão, em 2027. “É muito importante para UPF que seus professores pesquisadores participem destes eventos internacionais. Desta forma é possível ver que as pesquisas aqui realizadas são de ponta e que temos pesquisadores altamente qualificados e reconhecidos internacionalmente. Além disso é uma forma de levar o nome da UPF, e da cidade de Passo Fundo, para o mundo, uma vez que nestes congressos participam delegados de todas as regiões do planeta”, cometa o pró-reitor de Planejamento e Desenvolvimento Institucional da UPF.

Álvaro Della Bona também é referência de pesquisa em sua área de atuação. Premiado nos Estados Unidos em 2023 por suas contribuições, ele relata que o modelo de pesquisa científica adotado pelo Brasil é muito associado à academia. Assim, explica que a maior parte do conhecimento e inovação produzido no país é originado nas universidades e centros de pesquisa associados. Para ele, a tecnologia e a inovação são parte importante da soberania de um País e, por isso, a qualificação da pesquisa brasileira está diretamente associada à internacionalização, seja através de colaborações internacionais, ou da busca do conhecimento e tecnologia em países que dominam o estado da arte em cada ciência.

Della Bona observa que os grandes pesquisadores brasileiros foram buscar tecnologia em locais que estão atuando na fronteira do conhecimento e o apoio das agências de fomento à pesquisa (CNPq, Capes, Finep, e FAPs) tem sido fundamental para essa internacionalização. tem sido fundamental para essa internacionalização. “A minha trajetória não foi diferente, fiz toda minha formação de pós-graduação em universidades do exterior (nos EUA, nas Universidades do Texas, da Florida, de Michigan, e do Colorado; além de universidades na Inglaterra e na Nova Zelândia) e essa qualificação fez parte do grande salto de qualidade que a nossa UPF realizou nas últimas décadas, com muitos docentes pesquisadores buscando conhecimento fora do Brasil e retornando para beneficiar a nossa sociedade”, comentou. 

Conforme o professor, a UPF tem se destacado no cenário nacional e internacional, em grande parte, porque adotou políticas de investimento e/ou de facilitação à qualificação docente, incluindo os estágios de pós-doutoramento, onde o pesquisador consegue qualificar sua atuação em ciência, tecnologia e inovação, e retornar para produzir ciência na fronteira do conhecimento na UPF. “A colaboração internacional através de projetos de pesquisa promove a mobilidade, a oxigenação e a transferência de ciência e tecnologias, resultando em ganhos incalculáveis para o sistema acadêmico. Parcerias internacionais só trazem benefícios ao país, às instituições e, especialmente, a disseminação do conhecimento, privilegiando e valorizando o ensino dos nossos alunos que recebem informações, técnicas e conhecimentos inovadores mais rapidamente e podem se diferenciar rapidamente no mercado de trabalho”, relata.

Missão na África

Em missão na University of South Africa, por meio de ações do Projeto Green Office, a professora Dra. Luciana Brandli destaca que o projeto contribuiu muito para potencializar a questão da internacionalização na Universidade. Com outras viagens feitas com recursos de projetos internacionais, como Climate-U, ela destaca que um dos objetivos é a elaboração de módulos de educação à distância com as universidades parceiras. “Esses módulos têm como foco os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) e servirão para que professores de escolas por todo o mundo possam utilizar as atividades, os conteúdos e os exercícios propostos nos materiais”, explica.  

Brandli lembra que o modelo do Green Office executado na UPF que segue como referência em outros países e que, por isso, a inserção em eventos e ações internacionais é fundamental para fomentar o trabalho. Segundo a coordenadora do Escritório, o suporte da Universidade para a validação do Green Office facilita essa inserção e permite que a equipe atue tanto dentro da Universidade, quanto em instituições parceiras. “Alinhamos parcerias e buscamos novos projetos, além de apresentar trabalhos e mostrar tudo que é feito na UPF. Essa aproximação fundamenta nossos objetivos e nos auxilia a seguir construindo relações que vão além das fronteiras geográficas”, destaca, ressaltando que, em novembro, a equipe da University of South Africa virá para a Universidade. 

Coordenadora da Assessoria Internacional da UPF, a professora Dra. Luciane Sturm esteve na África acompanhando a missão. Ela lembra que foram recebidas pela diretora Dra. Sizakele Magubane, oportunidade em que apresentaram a UPF. “É uma realidade muito diferente da nossa, pois, desde 1948 a UNISA trabalha na modalidade EAD, mesmo antes de qualquer tecnologia digital. Diante desse contexto, discutimos as possibilidades para a cooperação em projetos - Collaborative Online International Learning (COIL) e parcerias em pesquisas. Entendemos que temos muitos aspectos semelhantes àquele país, principalmente, nas questões de desigualdade social e, por outro lado, pontos diferentes que ambas as instituições podem colaborar para o desenvolvimento mútuo”, comenta, ao lembrar que a instituição completa 150 em 2023 e possui em torno de 300 mil alunos.

Estratégias para os próximos anos
Conforme Sturm, a internacionalização é um dos focos da UPF para os próximos anos e essa inserção se dá muito pelos professores e acadêmicos, que se envolvem em projetos ao redor do mundo. Neste contexto, ressalta que a Assessoria Internacional trabalhou, neste primeiro semestre, com a atualização do Plano Estratégico de Internacionalização (PEI), que traz todas as ações previstas para os próximos quatro anos na Instituição. 

Ela explica que o PEI tem como objetivo geral ampliar o processo de internacionalização e possibilitar a participação cada vez maior da comunidade interna. Entretanto, Sturm salienta que um ponto muito importante nesse processo é a necessidade de domínio de ao menos um idioma estrangeiro. “A internacionalização prevê justamente a interação acadêmica e trocas de experiências entre estudantes e professores de diferentes países. Em geral, saber inglês é primordial, contudo, outros idiomas, como o espanhol, o italiano, o alemão, o francês ou, ainda, o japonês e o mandarin, podem proporcionar muitas oportunidades. De modo geral, as bolsas de estudo têm como critério o conhecimento de no mínimo nível intermediário do idioma. Ou seja, a pessoa precisa se comunicar bem, tanto na escrita quanto no oral, além de ter ótima compreensão leitora”, observa.

Um dos aspectos da internacionalização na UPF abrange o oferecimento de cursos de idiomas, serviço oferecido pela UPF Mundi. A escola de idiomas está conectada às demandas necessárias para que os estudantes, professores e funcionários possam adquirir os conhecimentos necessários para participar de convocatórias e editais que envolvam projetos de pesquisa, ações de extensão, intercâmbios e estágios no exterior. “Temos desenvolvido e apoiado várias ações dentro do Programa de Internacionalização em Casa, cujo objetivo é proporcionar experiências com outras culturas e conhecimentos, aqui mesmo na UPF. Isso vem ocorrendo por meio de eventos com a participação de professores, estudantes e comunidade estrangeira; intercâmbio virtual; projetos de pesquisa em colaboração com outros países e intercâmbio virtual, por exemplo”, relata.
 

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