Por: Assessoria de Imprensa
Promovido pelo curso de Direito, o júri simulado foi desenvolvido por alunos da Escola Antonino Xavier e Oliveira, de Passo Fundo
Com o tema geral sobre proteção e garantias dos direitos humanos em ambientes digitais, alunos da Escola Estadual Antonino Xavier e Oliveira, de Passo Fundo, participaram de um júri simulado na UPF. A atividade foi promovida pelo curso de Direito, por meio do projeto Educação em Direitos Humanos para Juventude. Para realizar a iniciativa, os alunos estudaram o caso Luciano Benítez vs. República de Varaná.
Divididos entre defesa e acusação, a turma se organizou para compreender o caso e estudar as estratégias. Para Tamara Nascimento, que atuou como advogada de defesa, o principal aprendizado foi buscar um bom desempenho, com argumentação e articulação para apresentar o caso. “Não vou dizer que foi fácil, foi um pouco difícil até porque a gente não é da área do direito, mas foi muito importante para a turma. A gente agradece a oportunidade de ver essa área do direito e perceber que é muito importante saber um pouco mais sobre os direitos humanos e sobre os direitos violados”, comentou.
Já Gabriel Franken atuou representando o Estado. Ele ressalta que o aprendizado se deu ainda na preparação e leitura dos conteúdos. “A preparação foi muito interessante, porque a gente teve que pesquisar muito, pesquisar extensamente sobre os processos jurídicos, pesquisar sobre toda essa história dentro do arquivo, sobre o Paraná, sobre o que realmente aconteceu com o Luciano Benítez. E foi muito interessante também a gente ter esse contato, entender com essa parte do direito, com essa iniciação em vida política. Foi muito interessante para nós, para sermos os protagonistas aqui hoje”, destacou o estudante.
Com as novas matrizes curriculares do ensino médio, novos desafios foram colocados tanto para os estudantes, quanto para os professores. Atividades como esta, em que os alunos podem exercitar a oratória, a argumentação, o conhecimento e o trabalho em equipe, são fundamentais na opinião da professora Silvana Marques, docente de Geografia, Sociologia e Filosofia da Escola. “Nós estamos vivendo o momento desse novo ensino médio, com as trilhas formativas, o empoderamento do jovem, o protagonismo dele na sua vida, inclusive profissional, e trazer um adolescente do ensino médio, de uma escola pública, de bairro, muitos em situação de vulnerabilidade, para esse mundo maravilhoso e essa expectativa de um nível superior, abrindo portas, fazendo com que ele represente, neste caso a área do direito, para nós é um sonho”, relatou.
Segundo a professora, a turma se dedicou a entender o processo, o funcionamento da Corte, a buscar as leis e conseguir expressá-las. “Não é um momento só de um teatro, é um momento de muito estudo, é um momento de foco e é o momento de eles conseguirem visualizar inclusive uma carreira. A minha filha é aluna aqui do Direito, está no primeiro semestre, então como a gente já faz alguns trabalhos voluntários, tem uma intimidade um pouquinho maior assim com as professoras e eu toquei esse projeto com muito orgulho”, observou.
Aprendizado para a vida
Algumas escolas já tiveram a oportunidade de realizar um júri simulado. Conforme a coordenadora, professora Micheli Piucco, a iniciativa tem uma relevância muito grande especialmente por preparar os alunos para argumentar, organizar a questão de tempo, e a estrutura dos processos. Contudo, segundo a docente, a importância maior está no fato do contato com conhecimento do que são os direitos humanos. “É um conhecimento sobre direitos humanos que não fica limitado a questão de sofrer uma violação a direitos humanos, não fica limitado ao próprio país, mas dos direitos humanos em âmbito internacional. Então, é uma forma de levar esse conhecimento para além da sala de aula”, destacou.
Micheli avalia de forma positiva a ação. Segundo ela, esse tipo de movimentação sempre tem reflexos que vão além do conhecimento específico, passando por uma reflexão da própria sociedade. “Os temas que são eleitos normalmente pelas escolas, então, temos crimes digitais, questões que envolvem gênero, questões que envolvem a migração. São ações que visam, exatamente, contribuir para aquela realidade social. Além disso, tem a questão do empoderamento no conhecimento dos direitos que eles têm e de quem eles podem acender para fazer com que esses direitos sejam garantidos. Assim eles se tornam multiplicadores”, frisou.
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