Por: Assessoria de Imprensa
Fotos: Arquivo/UPF
Segundo dados da FAO, 4 segundos é o tempo médio que separa cada uma das mortes por fome no mundo
No dia 16 de outubro, comemora-se o Dia Mundial da Alimentação, data instituída em 1945 pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), para a conscientização e luta contra a fome mundial. Neste ano, o tema escolhido para a data foi “Fome Zero”. O objetivo é sensibilizar a sociedade para a importância de ações do combate à fome e ao desperdício de alimentos e para a necessidade de desenvolvimento de uma agricultura mais sustentável. Em alusão à data, o curso de Engenharia de Alimentos da Universidade de Passo Fundo (UPF) se engajou nessa campanha, com a finalidade de divulgar e sensibilizar a comunidade a respeito do tema do Dia Mundial da Alimentação de 2018.
De acordo com o professor Dr. Luiz Carlos Gutkoski, a fome no mundo está em ascensão novamente. “Hoje, mais de 800 milhões de pessoas sofrem de desnutrição crônica, segundo dados divulgados pela FAO”, informa ele. A fome, segundo o professor, é definida como o estado em que o indivíduo é incapaz de obter comida suficiente para atingir os níveis mínimos de energia necessários para uma vida saudável e ativa por mais de um ano. “Se por um lado pessoas passam fome, das 7,2 bilhões de pessoas do planeta, cerca de 600 milhões sofrem de obesidade e cerca 1,3 bilhão está acima do peso. Isso revela a existência de vários problemas para serem resolvidos”, avalia.
Conforme Gutkoski, a produção mundial de alimentos é suficiente para suprir a demanda das 7,3 bilhões de pessoas que habitam a Terra, e o Brasil está entre os três maiores produtores de alimentos do mundo, tendo papel de destaque e de importância estratégica. Em 2018, a produção de grãos foi de 2,5 bilhões de toneladas, o que garante a oferta 347 kg para cada pessoa que habita o planeta terra. “As políticas de distribuição de alimentos devem ser revisadas, afinal, alimentação é um direito básico do cidadão”, aponta.
A pesquisa, segundo o professor, põe em xeque toda a política internacional de combate à fome colocada em prática nas últimas décadas. “Em vez de crescimento da produção e ajudas momentâneas, surge agora como caminho uma abordagem territorial, que valoriza e potencializa a produção local”, destaca Gutkoski, que evidencia que, além da produção, é preciso atentar para fatores como armazenamento, processamento e distribuição dos alimentos produzidos. “Nesse sentido, o profissional formado em Engenharia de Alimentos pode assumir papel fundamental para completar os elos dessa cadeia, ajudando na redução do desperdício de alimentos”, explica.
Desperdício de alimentos: um problema a ser enfrentado
Do total de alimentos produzidos, uma fração significativa vai para o lixo, por meio da perda e do desperdício. De acordo com o professor, a perda é aquela comida que acaba indo para o lixo antes de chegar no consumidor final e o desperdício são os casos em que a comida passou por todo o processo de produção em condições perfeitas para o consumo, mas acabou sendo jogada no lixo por vendedores ou consumidores.
Os eventos do Dia Mundial da Alimentação são organizados em mais de 150 países para promover conscientização e ação global sobre a necessidade de garantir a segurança alimentar e dietas nutritivas para todos. O tema da campanha deste ano também demonstra o compromisso dos países com a agenda de desenvolvimento sustentável. Um dos objetivos é, até 2030, acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e promover a agricultura sustentável.
Nesse contexto, ações combinadas entre governo, iniciativa privada e comunidade são fundamentais para banir a insegurança alimentar do planeta, contribuindo para a melhoria do cenário instável apresentado nos últimos tempos e atuar na mobilização de todos os segmentos da sociedade em busca de soluções para as questões da fome e da miséria no mundo.
Dia do Engenheiro de Alimentos
No dia 16 de outubro, juntamente com o Dia Mundial da Alimentação, também se comemora o dia do Engenheiro de Alimentos.
O Engenheiro de Alimentos é um profissional preparado para atuar na indústria alimentícia, realizando o desenvolvimento de produtos e processos, além do controle de qualidade, entre outras atribuições. “Assim, o engenheiro de alimentos pode contribuir expressivamente para a diminuição do desperdício de matérias-primas na indústria de alimentos, para a otimização dos processos industriais e para a proposição de alternativas para o desenvolvimento de alimentos utilizando matérias-primas pouco utilizadas, tais como soro de leite, biomassa de microalgas e reaproveitamento de subprodutos da moagem de grãos cereais”, destaca Gutkoski.
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