Ensino

HSVP e UPF realizam 1º Death Café em Passo Fundo

04/06/2019

15:12

Por: Texto: Assessoria de Comunicação HSVP

Fotos: Assessoria de Comunicação HSVP

Vamos tomar um café e falar sobre a morte? Para muitos, esse convite pode causar arrepios, outros nem querem pensar sobre essa possibilidade, por ser um tema que desperta os mais diversos pensamentos e emoções. Porém, o Grupo Consultor de Cuidados Paliativos do Hospital São Vicente de Paulo (HSVP) de Passo Fundo, em parceria com o projeto ComSaúde da Universidade de Passo Fundo (UPF), coordenado pela professora Me. Cristiane Barelli, reuniu, na manhã desta terça-feira, 4 de junho, um grupo de pessoas interessadas em desmistificar a morte e o que ela envolve.

O 1º Death Café de Passo Fundo reuniu acadêmicos dos cursos de Medicina, Psicologia e Enfermagem e profissionais de diversas áreas e ocorreu no Restaurante e Café Cultura, na Faculdade de Medicina (FM) da UPF. Os convidados que instigaram os participantes a refletir sobre a morte foram o médico cirurgião e diretor da FM, Dr. Paulo Reichert; o médico geriatra e professor Me. Daniel Marcolin; e o filósofo Andrei Lodea. A mediadora foi a psicóloga Débora Marchetti.

No primeiro momento, a acadêmica de Medicina Amanda Justi explicou o significado de Death Café, que foi criado pela primeira vez pelo Sociólogo suíço Bernard Crettaz, em 2004, após a morte da sua esposa. A ideia era falar sobre a mortalidade de maneira aberta e informal. Jon Underwood, um web-designer, considerou o projeto bem-sucedido e criou a “franquia social” Death Café, com o objetivo de “aumentar a conscientização sobre a morte e ajudar as pessoas a fazerem mais de suas vidas”.

No encontro, a partir das falas dos participantes, foi possível perceber a necessidade de criar mais espaços de diálogo sobre a morte. Por mais que o ser humano tenha conhecimento da sua finitude, ainda há dificuldade de encarar a morte como parte da existência. “Se pudermos olhar, falar, escutar e conversar sobre a morte, quem sabe, será possível também dar mais sentido à vida, à nossa vida, até a morte chegar”, enfatiza Débora, coordenadora do Grupo Consultor de Cuidados Paliativos.