Processo de Plasma Pirólise no tratamento do lixo hospitalar é tema de pesquisa acadêmica
12/04/2018
15:31
Por: Assessoria de Imprensa
Fotos: Reprodução
O acadêmico João Víctor Bortolini, do curso de Química, bacharelado, do Instituto de Ciências Exatas e Geociências da Universidade de Passo Fundo (Iceg/UPF), realiza uma pesquisa bibliográfica sobre a metodologia recente de tratamento de lixo hospitalar, o processo de Plasma Pirólise, que permite recuperação energética e diminuição do potencial poluidor e infeccioso do lixo hospitalar. A orientação é do professor Me. Delton L. Gobbi.
Segundo o aluno, o tratamento de resíduos através da pirólise com plasma utiliza o plasma como fonte de calor para a pirólise, formando como produtos metano, monóxido de carbono, hidrogênio, dióxido de carbono e água. Ele explica que, no plasma pirólise, a produção de resíduos tóxicos como dioxinas e furanos está muito abaixo do limite aceito para emissões, e isso ocorre porque os resíduos entram em contato direto com o plasma gerado pela tocha. “O método é mais vantajoso em comparação com a incineração (que é a mais utilizada para o tratamento de resíduos de origem hospitalar), porque emite uma quantidade muito baixa de gases carcinogênicos provenientes da queima do lixo. Além disso, o processo de plasma pirólise também produz combustível em forma gasosa, que pode ser reaproveitado para o abastecimento energético do próprio equipamento ou refinado e vendido, gerando lucro a partir do lixo”, pontua.
Incentivo desde a graduação
Inserir o aluno dos cursos de graduação em processos que envolvem a pesquisa é uma das preocupações da UPF. Com os projetos de iniciação científica, os acadêmicos podem ter contato com esse universo, por meio de trabalhos, eventos, encontros e palestras.
O objetivo, segundo o vice-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, Leonardo José Gil Barcellos, é instigar, desde cedo, o espírito de curiosidade e vontade pela transformação. “Essa troca é muito importante, uma vez que proporciona ao acadêmico a possibilidade de conversar e trabalhar juntamente com alunos que estão fazendo mestrado e doutorado. Assim, eles aprendem a lidar com o novo, participam de descobertas, enfrentam desafios e superam dificuldades. A pesquisa está em todos os lugares e a UPF, por meio da Iniciação Científica, permite que eles tenham contato com ela desde o ingresso na Instituição”, destaca, ressaltando que a experiência será útil para eles, mesmo sem seguir a carreira científica, pois a pesquisa estimula o pensamento lógico.
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