Curso sobre o parasita Trichinella spiralis reúne participantes de todo o Brasil
03/06/2022
08:25
Por: Assessoria de Imprensa
Fotos: Divulgação
Capacitação abordou questões sobre o parasita que causa a doença Triquinelose
A Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária da Universidade de Passo Fundo (FAMV/UPF) é referência na oferta do curso teórico e prático sobre o parasita Trichinella spiralis, causador da doença Triquinelose, considerada uma das principais enfermidades zoonóticas na América Latina. Sabendo da importância do assunto, a unidade acadêmica promoveu, nos dias 23, 24, 30 e 31 de maio, mais uma edição da formação, que reuniu mais de 80 colaboradores de empresas exportadoras de carne suína e equina (frigoríficos) de todo o Brasil.
Os participantes, vindos de estados das regiões Nordeste, Centro Oeste, Sudeste e Sul, participaram do curso ministrado pela professora Dra. Maria Isabel Botelho Vieira. Eles receberam treinamento para estarem preparados para trabalhar nos laboratórios de Trichinella nos frigoríficos.
Temas como o ciclo biológico do parasita, a epidemiologia, a distribuição geográfica, a patogenia, os sintomas clínicos, o tratamento, o prognóstico, a prevenção e diagnóstico e a legislação pertinente foram abordados. As atividades contaram com a presença do professor Dr. Elci Lottar Dickel, do mestre e residente Ezequiel Davi dos Santos e da acadêmica Paola Marengo, que auxiliaram na execução do módulo prático.
Mantendo um convênio com a Associação Brasileira de Proteína Animal desde 2003, quando iniciou a realização do curso, a UPF se destaca na oferta da formação. “Apenas no curso de Medicina Veterinária da UPF são promovidos estes treinamentos para os colaboradores destas empresas. Para nós, professores, é uma satisfação oferecermos as capacitações”, comenta Maria Isabel, ao mencionar que, mesmo durante a pandemia, o curso foi realizado de forma on-line, retornando, em 2021, com o módulo prático na modalidade presencial.
Segundo ela, o Brasil está livre do parasita Trichinella spiralis, porém, é necessário atender a legislação em que todos os países exportadores desses tipos de carnes precisam realizar o exame de digestão enzimática, para mostrar o resultado negativo quanto à presença de larvas do parasita. “O país ocupa o 4º lugar na exportação de carne suína, sendo um grande produtor de alimentos e um dos maiores exportadores. Assim, estamos contribuindo com a área de segurança alimentar, assegurando uma carne segura para todos”, afirma.
As doenças que acometem a suinocultura apresentam um desafio para a cadeia produtiva de suínos e para o governo brasileiro. Portanto, a participação da UPF, com seus laboratórios especializados e equipe técnica, contribui para o Brasil se credenciar para exportação para todos os países que utilizam a carne suína na sua alimentação.
“Vivemos em uma época de um conceito mundial de segurança alimentar, sendo importante que as normas vigentes estejam presentes em toda a cadeia alimentar, portanto, do campo ao prato”, finaliza.
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