Por: Assessoria de Imprensa
Fotos: Divulgação
O curso de Letras e o Programa de Pós-Graduação em Letras (PPGL) da Universidade de Passo Fundo (UPF), em parceria com a Assistência Social Diocesana Leão XIII, promoveram experiências de leitura com crianças e adolescentes de 8 a 14 anos. A atividade, realizada no dia 27 de junho, teve o objetivo de aproximar os participantes do texto literário, a fim de despertar o sentimento de pertencimento no mundo a partir da linguagem.
Essa ação faz parte do projeto de pesquisa “Narrativas de crianças no contexto da pandemia de Covid-19: deslocamentos no simbólico da linguagem”, do PPGL, coordenado pela professora Dra. Marlete Sandra Diedrich e desenvolvido com o apoio financeiro da Fapergs. A atividade ocorreu no Mundo da Leitura e contou com a organização de duas experiências de leitura, que buscavam contemplar temáticas que fossem relevantes e interessantes para o público alvo previsto.
A obra escolhida foi "A cor de Coraline", do autor Alexandre Rampazo. O livro apresenta uma importante reflexão sobre as diferenças existentes no mundo, em especial, a cor da pele e seu papel na construção do sentimento de pertencimento e identidade do indivíduo.
A narrativa inicia com um colega de Coraline lhe fazendo o seguinte questionamento: “Me empresta o lápis de cor?” A partir disso, a protagonista mergulha em uma reflexão que tenta compreender o que significa um lápis cor de pele, afinal, qual seria essa cor que o menino queria? A dela? A dele? A de um marciano? Toda essa história permite pensar acerca da diversidade, empatia, respeito, igualdade e muitas outras questões que rodeiam a cor da pele, questões essas que são fundamentais para a construção da identidade e da compreensão do seu lugar no mundo como cidadão.
Outra obra explorada foi “O livro do palavrão”, de Selma Maria, e “Tem um rei na areia”, de Keigiro Ueno. Esses livros fazem uma brincadeira com as palavras, permitindo que as crianças observem como a linguagem pode transformar a percepção de mundo do indivíduo, visto que cada pessoa explora a realidade a partir de uma lente única, como é o caso do João, protagonista do primeiro livro, que acredita que o tamanho da pessoa é definido pelo uso do diminutivo e aumentativo nas palavras.
Além disso, após a leitura, as crianças e os adolescentes foram desafiados a encontrarem palavras escondidas dentro de outras palavras, bem como desbravaram seus próprios nomes e produziram palavras da língua portuguesa com as letras que o compõem. Assim, a partir dessa reflexão, os participantes da atividade puderam compreender que, por meio da linguagem, como o sujeito pertence ao mundo que o cerca.
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