Extensão

2025: um ano para colocar em prática ações de migração e meio ambiente

09/01/2025

14:20

Por: Assessoria de Imprensa

Fotos: Arquivo pessoal

Em 2024 muitos debates e movimentos foram feitos para colocar em pauta temas importantes no mundo todo, entre eles, as mudanças climáticas e a migração. A UPF, por meio do Projeto de Extensão - Balcão do Migrante e do Refugiado/Cátedra Sérgio Vieira de Mello, é referência no tema e esteve ativamente envolvida em ações nacionais e internacionais. Para 2025, a coordenadora do projeto de extensão, Patrícia Noschang, destaca que instituições, entidades, entes públicos e privados, terão que colocar a teoria em prática para que os problemas sejam enfrentados.

Patrícia reforça que 2024 foi um ano para evidenciar em todas as esferas e foros, no âmbito internacional, regional, nacional, estadual e nos territórios, que a migração também ocorre por fatores relacionados ao meio ambiente, seja em razão dos desastres ou dos efeitos adversos causados pelas mudanças climáticas. 
Para que o tema fosse colocado em destaque, ela lembra que o ano contou com a II Conferência Livre Nacional (COMIGRAR) - Migração e Meio Ambiente, onde lideranças e pesquisadores participaram aprovando propostas específicas para garantir direitos à todas as pessoas que se deslocam por causas ambientais. Além disso, na Corte Interamericana de Direitos Humanos e na Corte Internacional de Justiça, também foram realizadas as etapas orais dos pedidos de Opinião Consultiva sobre a responsabilidade dos Estados em razão dos efeitos das mudanças climáticas e isso inclui as pessoas mais vulneráveis.

Em maio, com as enchentes que abalaram o Rio Grande do Sul, a temática ganhou ainda mais força no Brasil e a necessidade de políticas públicas, projetos e mudanças efetivas esteve no centro das discussões. “Em junho tivemos o Cartagena +40 e a Terceira Consulta Temática focada nos Deslocamento Forçado por Desastre. Em outubro o XV Seminário Nacional das Cátedras Sérgio Vieira de Mello do ACNUR com um Grupo de Trabalho específico sobre Migração e Mudanças Climáticas e em novembro a aprovação, na etapa Nacional da II COMIGRAR, -de algumas propostas que fizemos na nossa Conferência Livre Nacional sobre Migração e Meio Ambiente”, relembra a professora, destacando ainda o II Curso de Extensão sobre Mudanças Climáticas e Migrações e a etapa municipal da V Conferência Livre Nacional sobre Mudanças Climáticas.

O ano ainda contou com diversos trabalhos para buscar a efetividade dos direitos humanos no plano internacional. Segundo Patrícia, por meio dos grupos de pesquisa, foi possível analisar e debater o Sistema Interamericano de Direitos Humanos em conjunto com o deslocamento e a migração das pessoas dentro das nossas fronteiras e cruzando fronteira. Para a professora, 2025 trará grandes desafios para pesquisadores, instituições e entidades, órgãos públicos e privados que atuam na área. “2024 nos mostrou que as mudanças estão aí e que não é mais possível esperar. Precisamos de programas, projetos e políticas públicas que atuem para minimizar os efeitos já causados, atender as pessoas que já saíram de suas casas e regiões em função das questões climáticas e de movimentos coletivos para que a sociedade compreenda a importância do cuidado com o meio ambiente e com as pessoas”, disse.
 

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