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Brinquedoteca Universitária promove atividades na Semana Internacional do Brincar

14/06/2024

08:45

Por: Assessoria de Imprensa

Fotos: Camila Guedes e Caroline Simor

Para celebrar a Semana Internacional do Brincar de 2024, que ocorreu de 27 de maio a 02 de junho, a “Brinquedoteca Universitária: laboratório de aprendizagens lúdicas” da Universidade de Passo Fundo (UPF) mobilizou a comunidade acadêmica e geral para uma conversa sobre brincadeiras e para a produção de varais de memórias brincantes.

Num primeiro momento, professores, estudantes e outros mediadores dialogaram com grupos de participantes da atividade para que cada turma rememorasse as brincadeiras preferidas na infância. No caso da atividade com turmas de crianças, o diálogo teve como foco os seus cotidianos lúdicos, considerando-se que desses são protagonistas.

Entre os aspectos que foram abordados no diálogo com os grupos, comentou-se quais brincadeiras/jogos os participantes sentiam mais alegria, empolgação - com especial atenção aos tópicos: onde aconteciam essas brincadeiras; brincavam ao ar livre, em contato direto com o meio ambiente, em áreas verdes, de natureza; tinham interações com a terra, água, árvores. Com quais recursos contavam nas brincadeiras (brinquedos comprados, construídos, coletados no ambiente); faziam coleções, construções, criavam os próprios brinquedos (quais); em quais momentos do dia brincavam e com quem. Nesses momentos, os adultos estavam junto/acompanhavam ou não; quando brincavam, podiam deslocar-se para outros espaços com autonomia; sentiam que podiam tomar decisões nas brincadeiras; brincavam com o consentimento dos pais, professores, cuidadores ou encontravam modos de fazê-lo, mesmo sem autorização. Contornavam ou transgrediam normas para poder brincar/jogar - isso tinha consequências (quais). Brincaram tudo o que gostariam, os adultos compreendiam a necessidade de brincar das crianças.

Também foi debatido o que sugerem ou consideram importante para que o direito de brincar na infância seja de todas as crianças e em todos os seus contextos de vida – familiar, escolar, nos espaços públicos, em toda a cidade. No caso de narrativas de tempos livres caracterizados pelo brincar em interações com jogos eletrônicos e demais recursos tecnológicos, questionou-se quais são esses jogos, se dão em interações solitárias ou em interação com outras crianças, quanto tempo diário, quais são esses tempos de jogar tendo uma tela a frente, além de convidar a imaginar se houvesse a possibilidade de brincar em espaços externos, de natureza: de quais brincadeiras/jogos gostariam de participar, quais seriam/são os espaços desejados.

Na sequência, os participantes criaram textos poéticos autorais das memórias/lembranças, bem como das respectivas emoções, sentimentos e ideias. Foram organizados varais lúdicos literários (varal de memórias brincantes) em escolas, no Creati e no prédio D3 do Campus I. Neste local, os varais contaram com a participação de turmas dos cursos de Letras, Pedagogia e Artes Visuais, e de turmas de estudantes do Ensino Médio do Integrado UPF.  

Segundo a coordenadora da Brinquedoteca, professora Dra. Rosana Farenzena, nos diversos espaços coletivos, os varais brincantes permitiram a um público alargado apreciar e refletir sobre a dimensão lúdica na condição humana.

Sobre a Semana do Brincar
A Semana Internacional do Brincar é uma campanha para sensibilizar a sociedade sobre a importância do brincar na infância. Ela é comemorada anualmente no dia 28 de maio, consolidado em 1998 como o Dia Internacional do Brincar. Nesse contexto, a Brinquedoteca participou da iniciativa, que teve como objetivos: sensibilizar para o valor do brincar no desenvolvimento da facilidade para aprender a aprender; concretizar, em ações com protagonistas lúdicos de diversas idades e categorias sociais geracionais, o direito fundamental ao brincar; e mobilizar a comunidade acadêmica e das redes escolares para protagonizarem vivências lúdico culturais compartilhadas, dentre as quais a criação de varais de memórias brincantes, com texto poético e ilustrações acerca do brincar.

Para Farenzena, num contexto especialmente adverso ao brincar, para as crianças gaúchas, bem como para a expressão da “criança interior” dos adultos, a iniciativa visou mobilizar a participação lúdico cultural.