Por: Assessoria de Imprensa
Fotos: Reprodução
Você sabia que humanos podem pegar raiva? É por isso que existe um Dia Mundial contra a doença
A raiva é uma doença infecciosa de distribuição mundial, causada por um vírus, que acomete os mamíferos, inclusive o homem. Ela é uma das mais antigas doenças conhecidas pela humanidade, caracterizada por uma encefalite aguda, considerada letal em aproximadamente 100% dos casos. E é justamente pela importância do tema que o curso de Medicina Veterinária da Universidade de Passo Fundo (UPF) vai abordar a realidade e os desafios do combate à doença. O encontro ocorre no dia 28, de forma on-line.
De acordo com a professora Dra. Giseli Aparecida Ritterbusch, a raiva pode ser transmitida aos seres humanos pela saliva de animais infectados, principalmente por meio da mordedura, ou também pela arranhadura e/ou lambedura desses animais. “Destacam-se os cães e gatos, no caso da raiva urbana; os bovinos e equinos, com a raiva herbívora; e os animais silvestres, que podem ser reservatórios do vírus, incluindo os morcegos hematófagos”, comenta.
Além disso, a raiva é uma doença quase sempre fatal e o tratamento em animais suspeitos não é indicado, em função do risco de transmissão do vírus aos humanos. Por isso, a melhor medida de prevenção é a vacinação, e, neste sentido, o médico veterinário é fundamental para a orientação dos tutores e produtores sobre a relevância de vacinar os animais. “Nas pessoas, o tratamento ocorre em casos de acidentes envolvendo mordedura de animais suspeitos, e consiste no uso de vacina pós-exposição e de soro antirrábico, seguindo protocolos oficiais”, relata Giseli.
Mas e se acontecer um acidente com mordedura de animais? Deve-se procurar imediatamente uma Unidade Básica de Saúde (UBS) para avaliação do protocolo pós-exposição.
Evento com palestras sobre a raiva
Para debater essas e outras questões que o curso de Medicina Veterinária da UPF promove, na próxima segunda-feira, 28 de setembro, um evento em alusão ao Dia Mundial Contra a Raiva. A atividade é constituída por palestras que serão realizadas via plataforma Google Meet. Acesse o link e participe.
A programação inicia às 19h, com a palestra “Situação da raiva no continente Americano”. O tema será abordado pelo médico veterinário e membro da Organização Panamericana de Saúde/Organização Mundial de Saúde (OPAS/OMS), Marco Antônio Vigilato.
Logo após, às 20h, a temática “Situação da raiva na região sob a ótica de saúde pública” será trabalhada pela médica veterinária da Vigilância Ambiental em Saúde da 6ª CRS, Marli Favretto. Já às 20h30min, a “Atuação do médico veterinário de campo no diagnóstico, controle e prevenção da raiva herbívora. Relato de experiência” vai ser explorada pelo médico veterinário da Coagrisol Cooperativa, Bolívar Borges de Camargo.
Por fim, às 21h, haverá o debate entre os palestrantes e um espaço para perguntas do público.
Conforme a professora Giseli, coordenadora do evento, o objetivo com as palestras é levar conhecimento sobre a doença aos acadêmicos e demais profissionais da área da saúde. “Queremos informar o maior número de pessoas sobre a importância de vacinar seus animais, bem como reforçar a formação de nossos estudantes em relação aos aspectos de saúde pública da raiva, num esforço conjunto para reduzir a ocorrência dessa doença nos animais e, como consequência, nos humanos”, enfatiza.
Sobre o Dia Mundial Contra a Raiva
Em 28 de setembro é comemorado o Dia Mundial Contra a Raiva para promover a luta contra essa doença que mata uma pessoa a cada nove minutos no mundo, totalizando cerca de 60 mil mortes por ano, e na sua grande maioria, afeta crianças que possuem pets. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a raiva está presente em todos os continentes e afeta mais de 150 países.
A data é uma iniciativa da Aliança Mundial para o Controle da Raiva (GARC) e visa aumentar a conscientização sobre a prevenção da doença, além de destacar os progressos realizados na luta contra ela. A campanha deste ano traz a frase “Acabar com a raiva: colaborar e vacinar.”
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