Por: Assessoria de Imprensa
Fotos: Prefeitura de Soledade
Gestores públicos, UPF e comunidade celebram a conquista e a promoção da educação no município
Soledade é a primeira cidade da região Norte do Rio Grande do Sul, e a 16ª brasileira, a entrar para a lista internacional de Cidades Educadoras da Associação Internacional de Cidades Educadoras (AICE). Com o compromisso firmado, o município se propõe a reconhecer e a promover seu papel educador na formação integral de seus moradores. A conquista – fruto do trabalho do poder público, da comunidade e da Universidade de Passo Fundo (UPF), por meio do Programa UniverCidade Educadora e do Projeto de Extensão Gestão da Educação: o feito, o necessário e o possível – foi celebrada por todos os envolvidos.
Esse trabalho teve seu caminho iniciado com uma gestão municipal mais participativa e ações de formação continuada dos educadores, propondo reflexões sobre os anseios das escolas, bairros e da própria cidade. Oficinas reuniram professores e a comunidade escolar para pensar e promover ações práticas.
De acordo com a coordenadora do Projeto, professora Dra. Eliara Levinski, as ações realizadas nas diferentes áreas da vida de Soledade, processualmente, foram conferindo indicadores para o atendimento das premissas e propósitos de tornar-se cidade educadora. “A UPF contribuiu nesse percurso ao firmar parceria com a Secretaria Municipal de Educação, desenvolvendo projetos de formação continuada para os professores do Sistema Municipal, promovendo debates e cooperando para a construção de políticas públicas, além da interlocução com a AICE”, explica, ressaltando que, como parte dos encaminhamentos foram realizadas reuniões com o Executivo, com lideranças da comunidade e o Poder Legislativo, culminando com o projeto de lei e a solicitação da adesão à AICE, e, na sequência, com o parecer que confere o título de Cidade Educadora.
A professora destaca o trabalho desempenhado pelo professor Dr. Marcio Tascheto, que esteve à frente do Programa até o início deste ano. Segundo ela, o desafio é dar continuidade ao trabalho realizado, constituindo aproximações com os diferentes territórios por intermédio dos projetos circulando cidadania, Cidades inteligentes e Humanas e Bairro Escola, expandindo o compromisso social e acadêmico da UPF. Para isso, as atividades buscarão desenvolver um processo de gestão participativa com os professores coordenadores dos projetos e professores voluntários que integram o Programa, intensificar as interlocuções com os diferentes atores e instituições que estão envolvidos nas metas e ações, além de buscar e materializar ações que possibilitem o avanço da curricularização da extensão.
Segundo Eliara, a importância dos trabalhos reside em aspectos fundamentais da vida diária de uma comunidade. Entre elas, qualidade de vida, sustentabilidade ambiental, bem-estar das pessoas, apropriação social da cidade pela comunidade, utilização de tecnologia para transformar a infraestrutura básica, bem como o acesso aos bens culturais da cidade, a transformação de espaços públicos em territórios educativos e os diálogos entre as gerações. “É a primeira cidade na região de abrangência da UPF a receber o título de cidade educadora, a 16ª no Brasil e a 5ª no estado do Rio Grande do Sul. Os projetos e as práticas que fazem o cotidiano de Soledade agregam indicadores para justificar o título, assim como a gestão participativa e intersetorial. As pessoas sentem e fazem a cidade. Soledade poderá ser âncora para debates e iniciativas na região, e poderá potencializar ainda mais seus territórios, superar dificuldades e reafirmar seus propósitos e ações em prol dos sujeitos que fazem a cidade”, pontuou.
Marcio Tascheto, que acompanhou de perto todos os passos da conquista, destacou que nada disso seria possível se não houvesse interesse da gestão pública e da comunidade. Para ela, a Universidade atua na promoção do conceito de cidade educadora e vem, desde 2011, trabalhando nessa reflexão junto aos municípios.
De acordo com o professor, o Programa faz com que a própria Universidade pense o seu fazer a e sua inserção social. Os trabalhos partem do debate sobre como a Instituição se territorializa e se vincula à região, criando, assim, vínculos permanentes e processuais com os locais, fazendo isso por meio da dinamização de políticas públicas, e no pensar a importância do processo formativo da educação de forma ampla para o desenvolvimento e região via extensão. “O programa, para além de suas atividades específicas, busca também promover o conceito de cidade educadora, cumprindo com um dos grandes objetivos de sensibilização dos municípios sobre o tema. Estamos muito felizes com a conquista e realizados por integrar uma cidade, dentro da região de abrangência, à Associação Internacional das Cidades Educadoras. Esse foi um trabalho coletivo que, certamente, renderá muitos outros frutos”, destacou, lembrando que um evento oficial para o lançamento de Soledade como Cidade Educadora será promovido em abril.