Você sabe o que é um Relógio do Corpo Humano Medicinal?

O Relógio do Corpo Humano Medicinal é um projeto, baseado na cultura Chinesa, que apresenta o conceito que cada planta existente tem funções benéficas para cada um dos órgãos do corpo humano. De acordo com a medicina chinesa, existe um relógio cósmico, utilizado para controle biológico do organismo e, segundo essa teoria, o corpo produz, em cada horário, uma energia específica para cada órgão. Por isso, o Relógio do Corpo Humano atua como uma ferramenta alternativa para a saúde e o bem-estar. Desenvolvido dentro da disciplina de Teorias e Práticas do Desenvolvimento Sustentável, do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil e Ambiental, o jardim está pronto e foi inaugurado na quinta-feira, dia 9, junto ao Green Office, no módulo II do UPF Parque.

O projeto tem como um dos objetivos dialogar com a comunidade da UPF, profissionais e acadêmicos, sobre a utilização do Relógio do Corpo Humano Medicinal como ferramenta para manutenção e cuidado à saúde por meio das plantas medicinais. A execução do projeto é da professora Dra. Cláudia Petry, juntamente com as estudantes, Bruna Wandscheer, Caroline Miola, Débora Comin Dal Pozzo, Fabiane Paschoal da Veiga, Jaqueline Pinzon, Humberto Anselmo da Silva Fayal e Viviane Simon.

A sustentabilidade é um dos focos do Relógio. A ideia é proporcionar à comunidade acadêmica e local a sustentabilidade por meio de remédios caseiros; além de apresentar o conceito de conscientização ambiental, uma vez que as plantas medicinais são semeadas com adubo orgânico, sem uso de agrotóxicos.

Um Relógio para ajudar o ser humano e a natureza

Segundo a mestranda Jaqueline Pinzon, as plantas escolhidas para fazer parte das horas do relógio são usadas para combater diversas doenças. Feito com a reutilização de materiais recicláveis e reaproveitáveis, ele busca orientar sobre a importância e relevância do uso de plantas medicinais na saúde e bem-estar da população. 

Com o projeto, a equipe pretende promover o resgate da sustentabilidade com pequenas iniciativas e integração da comunidade acadêmica e local, identificando os tipos de plantas medicinais e proporcionando o conhecimento das potencialidades de utilização.

De acordo com Jaqueline, a proposta visa desenvolver ações de promoção e mobilização sobre os direitos e deveres que perpassam a prática da atuação comunitária. “Buscamos a ressignificação do espaço por meio de discussões e de ambientação do local. A metodologia se caracteriza como multiplicadora de ideias e fomentadora do autocuidado, integra o uso de plantas medicinais aos seus benefícios em relação ao corpo humano, explicando a melhor para o tratamento de cada órgão, por meio das plantas medicinais existentes no Relógio do corpo humano medicinal”, explica.

Jaqueline deseja, juntamente com a equipe, que o Relógio permita a criação de um espaço didático multidisciplinar, que possibilite a aproximação entre o saber popular e acadêmico, respeitando as diferenças socioeconômicas e culturais. “Que este espaço, seja um importante instrumento educativo e transformador no cuidado à saúde humana”, frisa.

Gerar conhecimento e contato com a natureza

Para a elaboração do Relógio, a equipe preparou os canteiros com restos de madeira, composto orgânico – fruto de uma parceria com a Brigada Militar, folhas secas e terra. A motivação do projeto, além do desenvolvimento sustentável da comunidade, é também incentivar a população à adoção de plantas medicinais. “Esperamos, com a execução do projeto, a criação de um espaço didático multidisciplinar, que possibilite a aproximação entre o saber popular e acadêmico, respeitando as diferenças socioeconômicas e culturais. Que este espaço, seja um importante instrumento educativo e transformador no cuidado à saúde humana”, ponderou, ressaltando que o projeto coloca em ação dois dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU: Boa saúde e bem-estar e Cidades e comunidades sustentáveis.
 

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