Por: Assessoria de Imprensa
Fotos: Divulgação
A Universidade de Passo Fundo (UPF) recebeu em setembro, representantes da comunidade de Guiné-Bissau. O encontro foi organizado por migrantes do país e coordenado pelo mestrando do Programa de Pós-Graduação em Educação, João Dito Sambu. A atividade ocorreu de forma presencial e remota e a mesa de debates contou com os professores Dr. Telmo Marcon (PPPGEdu), pelo doutorando em História (UFRGS), Gustavo Rolim, convidado para falar sobre Amílcar Cabral, e pelo coordenador do evento, Saido Djaló, mestre em história.
A atividade teve como objetivo reunir os imigrantes da Guiné-Bissau que residem em Passo Fundo, que somam mais de 40 pessoas, bem como comemorar os 100 anos de Amílcar Cabral, um dos líderes que participou ativamente das lutas pela emancipação da Guiné do domínio colonial Português. Além disso, o evento buscou comemorar os 51 anos de independência da Guiné-Bissau. Segundo os organizadores, o encontro proporcionou aos participantes momentos profundos de reflexão sobre a visão e o pensamento revolucionário de Amílcar Cabral na luta para independência da Guiné-Bissau e Cabo Verde, olhando para a realidade sociopolítica, cultural e econômica desde a declaração da sua independência, em 1973, até a atualidade.
O professor Telmo Marcon destacou a importância do evento. “Comemorar a independência da Guiné-Bissau é uma oportunidade de relembrar e valorizar o percurso histórico de tantos guineenses que lutaram pela libertação, reconhecer os desafios e conquistas que marcam a trajetória desse país na luta pela libertação nacional. Além disso, o evento serviu de espaço para uma reflexão sobre o papel de um dos líderes históricos, Amílcar Cabral, cuja visão e esforços foram fundamentais para a emancipação dos povos guineense e cabo-verdiano”, frisou.
Após solenidade de abertura e fala dos integrantes da mesa, ocorreu a fala do doutorando pela UFRGS, Gustavo Rolim, que está desenvolvendo a tese sobre Brasil-Guiné, na qual aborda a importância e o papel de Amílcar Cabral nas lutas pela independência da Guiné-Bissau. Ao final, foram registradas as fotos com a súmbia, símbolo que representa Amílcar Cabral e a unidade nacional.
De acordo com a equipe, a atividade foi planejada para oferecer uma experiência tanto para os membros da comunidade guineense, quanto para o público em geral e teve como objetivo fortalecer os laços culturais e identitários entre os guineenses residentes no Brasil, promovendo a coesão comunitária e o intercâmbio com o povo brasileiro e especificamente o de Passo Fundo.
Ainda conforme os organizadores, o momento foi reconhecido pelos participantes como de suma importância, uma vez que proporcionou a integração dos imigrantes e o contato com as ideias de Amílcar Cabral, ainda pouco conhecido no Brasil, e com as temáticas que envolvem as lutas pela independência, assim como, o pensamento decolonial.
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