“Quem está no mundo acadêmico também pode se comunicar com a sociedade”

A Lua recebeu muitos olhares na noite de terça-feira, 17 de setembro, e vários deles partiram do Parque da Gare. Esse foi o lugar da Noite Internacional de Observação da Lua, evento anual promovido pela NASA que teve a sua edição local realizada pela UPF, por meio do curso de Física, e Prefeitura de Passo Fundo. Com a ajuda de telescópios e explicações de estudantes e professores da Universidade, o público ampliou o interesse e os conhecimentos sobre astronomia.

O professor da UPF e físico Dr. Alisson Cristian Giacomelli explica porque a Lua está se destacando no céu nesta semana. “A órbita da Lua não é exatamente circular ao redor da Terra. Então, tem períodos que ela passa um pouco mais perto, e períodos que ela passa um pouco mais longe. Quando coincide esse momento de ela passar mais próxima à Terra, que é o perigeu, com a Lua cheia, a gente chama de Superlua", detalhou.

Trocar informações com a comunidade é o principal objetivo de atividades como essa, acredita a mestranda e física Gabriela Troian. “É muito bom ter esse contato com o público porque eles acabam conhecendo que a academia não é uma coisa só restrita ao mundo acadêmico. Eles conseguem ver que quem está no mundo acadêmico também pode se comunicar com a sociedade, com a comunidade, e acredito que a gente tem esse principal objetivo aqui”, comentou a estudante.

Além da Lua, os participantes observaram diferentes planetas. “Saturno está logo acima da Lua também, visível a olho nu. Planetas como Júpiter, Saturno, Vênus, Marte, são visíveis, e muitas pessoas dizem que nunca viram um planeta no céu, porque nunca olharam no telescópio. Mas tem planetas que são visíveis a olho nu. Por exemplo, hoje se você olhar nesse horário, neste exato momento, ou o resto da noite também, Saturno vai estar um pouquinho à frente da Lua. A Lua vai se movendo, movimento aparente, um efeito da rotação da Terra, mas ela vai se movendo de leste para oeste, e logo na frente dela está uma coisa que parece uma estrela, mas na verdade é o planeta Saturno”, ensina o professor.

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